Trump e Bolsonaro se equivalem

Os problemas do futuro presidente dos Estados Unidos são gigantescos, e não se sabe se ele conseguirá se sair bem com o seu estilo. A imprensa tem comentado, jocosamente com ironia, que entre os grandes desafios de Donald Trump um deles, está sendo a tarefa de administrar a presença na sua posse do ex-presidente Jair Bolsonaro que faz parte do obsoleto mobiliário brasileiro, e quer, de qualquer maneira, forçar um convite que não se sabe se será confirmado pela chancelaria daquele país. O assunto vem sendo destacado pelo desespero e a ansiedade de como ele e seus filhos têm se empenhado nesse sentido. Nesse assanhamento para tentar sair bem na foto com Trump, Bolsonaro teve que se submeter ao ministro Alexandre de Morais, suplicando a liberação do seu passaporte cassado por estar sub judice, tendo que responder sobre atitudes antidemocráticas a justiça do seu país, acusado de golpismo. Morais cobra a oficialização do convite como parte do rito protocolar de qualquer convidado.

O ex-presidente faz do episódio um “cavalo de batalha” para dizer-se perante o mundo que é vítima da perseguição do governo brasileiro, tirando proveito de uma situação até o presente momento hipotético, que tanto pode ser real como confirmar-se irreal. Enquanto rola a novela, os comentários no Beco do Cotovelo e na Avenida Paulista, a Wall Street brasileira, são que os dois, se colocados na balança se nivelam na quantidade de processos que enfrentam na Justiça, sendo que o brasileiro já foi “premiado” com a inelegibilidade, enquanto o “yanque”, reconhecidamente eleito, não parece que será alcançado pela Justiça daquele país.

O incrível aconteceu na AL. O serviço de engenharia para recuperar a área atingida pelo sinistro na Assembleia Legislativa não serviu pra nada. As primeiras chuvas mostraram que o trabalho feito no Plenário 13 de Maio mostrou-se inservível para a realização das sessões na Casa do povo. A parte elétrica e o serviço de climatização foram perfeitos, mas o ambiente interno carece de nova recuperação. Os gabinetes estão salvos, mas as dependências de suas excelências no palco do parlamento estadual foram totalmente destruídas pelas águas.

28 milhões no lixo. É bom lembrar que na recuperação do Plenário foram gastos R$28 milhões sem concorrência pública, por se tratar de uma obra de caráter urgente. Inexplicavelmente tudo se desmanchou na primeira chuva, deixando antever que a obra ali realizada não justificou a aplicação do dinheiro pago antecipadamente. O atual prejuízo é maior por ter comprometido também a estrutura funcional da taquigrafia e do setor de redação do Poder Legislativo, deixando 120 servidores sem condições de executarem seu trabalho.

Dois estilos diferenciados. Evandro Leitão vai bem como prefeito de Fortaleza, mas perde para o seu sucessor politicamente mais cacifado do que ele. Romeu Aldiguéri é dos Arruda da Zona Norte e representa a quarta geração de tradicional família política da cidade de Granja. Evandro é o primeiro representante da sua família a serviço do bem público. Esse traço de família é importante para balizar a linha de ação dos dois. O primeiro é político que faz o gênero moderno, mais executivo do que politiqueiro. O segundo é o coronelismo em pessoa.

Sem poder perder. Na visão do titular da secretaria de Segurança Pública estadual, Roberto Sá, não é nada produtivo nem bom, propagar que o Estado do Ceará está perdendo para o crime organizado. Mas é necessário acreditar que no rastro dos criminosos está a força anticrime, à qual cabe o direito e o monopólio da força, se a utilização dela se tornar necessária.

PSB representado. Coisas estranhas ocorrem no campo da política. Uma delas é a representatividade dos partidos no Legislativo. Como exemplo, o PSB não teve representantes na Alece por 20 anos. Agora, com o trabalho de ex-deputado Eudoro Santana e do senador Cid, cresceu, agigantou-se. A partir do dia 03 de fevereiro será reforçado com o ingresso de 10 deputados que eram do PDT.
Destaques para Camilo. Segundo se observa na imprensa nacional, cresce o prestígio do ministro Camilo Santana em consequência da sua atuação à frente do Ministério da Educação, furando o bloqueio de cariocas e paulistas no cenário político nacional. Sem “batistério” de capela do sul maravilha, Camilo é um dos poucos brasileiros da pequena igreja nordestina que tem conseguido se manter na linha sucessória de Lula.

Mais mestres. Diante dos resultados positivos do projeto “Mais Médicos”, o presidente Lula, com o forte apoio do MEC decidiu pelo Plano “Mais Professores”, cujo objetivo mais imediato é o de oferecer mais qualidade no ensino primário e fundamental em regiões desfavorecidas pelas distâncias, onde é preciso levar o ensino, alma da Nação.
Pauta abarrotada. De tanto ouvirem reclamações sobre a baixa produção do ano passado, os vereadores de Fortaleza exageram e, já produziram mais de 1.000 propostas a serem aprovadas. 80% são requerimentos comuns, e o resto é de sessões solenes e Projetos de Indicação. A sociedade precisa de mais do que isso.

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