A situação na Venezuela é um dos tópicos mais complexos e preocupantes no cenário político e econômico global. Em 2024, o país continua enfrentando uma profunda crise que afeta praticamente todos os aspectos da vida cotidiana de seus cidadãos.
Economicamente, a Venezuela ainda está em frangalhos. Apesar de alguns sinais de recuperação parcial devido a um leve aumento nos preços do petróleo, a economia permanece altamente instável. A inflação continua a ser uma das mais altas do mundo, corroendo o poder de compra da população e tornando itens básicos inatingíveis para muitos. A escassez de produtos essenciais, como alimentos e medicamentos, é um problema persistente, exacerbado por uma infraestrutura deteriorada e problemas logísticos.
Todo este processo de decadência da economia venezuelana, que acaba por interferir em tudo no país, foi iniciado com o embargo econômico dos EUA sobre nosso país vizinho. Infelizmente a mídia presta um desserviço ao nosso povo, quando omite do debate, este aspecto da crise.
Politicamente, o cenário é igualmente tumultuado. O governo de Nicolás Maduro continua a enfrentar uma forte oposição interna e internacional. As eleições são amplamente criticadas por alegações de fraude e falta de transparência, o que tem levado a uma crise de legitimidade. A oposição, embora fragmentada, continua a buscar uma solução política para o impasse, com a comunidade internacional dividida em sua abordagem ao conflito.
Toda a oposição sofrida por Nícolás Maduro, vem da extrema direita, que tem o apoio dos americanos que continuam essa guerra, de olho nas reservas de petróleo do país bolivariano. Não podemos fechar os olhos a esta realidade, se a direita na Venezuela, assumir o poder, em pouco tempo se tornarão quintal dos yankees.
Socialmente, a crise tem gerado uma onda massiva de migração. Milhões de venezuelanos têm deixado o país em busca de melhores condições de vida, criando desafios significativos para os países vizinhos, especialmente na América Latina. A diáspora venezuelana é uma das maiores do continente, e esses migrantes frequentemente enfrentam situações precárias e discriminação. Essa é mais uma face nefasta do país, consequência direta da sede do imperialismo americano em dominar a nação venezuelana.
É notória e concreta a situação de descida ladeira abaixo do império americano, frente ao crescimento da China, por conta disso os EUA se prendem a essas guerras para ir se sustentando no alto, se segurando em golpes dados nos países onde tem interesse, como quase aconteceu aqui no Brasil. Aqui, o golpe foi dado, mas não vingou por conta de nossas instituições fortes e responsáveis.
Além disso, a crise humanitária é alarmante. As condições de vida deterioradas, a falta de acesso a cuidados médicos e a deterioração dos serviços públicos têm impactado gravemente a qualidade de vida da população. Organizações internacionais frequentemente alertam sobre a necessidade de assistência humanitária e apoio para ajudar os venezuelanos em situação de vulnerabilidade. Essa assistência humanitária não seria necessária, se deixassem o país caminhar livre, sem interferências em suas políticas internas.
Em suma, a situação na Venezuela é uma crise multifacetada que combina desafios econômicos, políticos e sociais. A resolução parece distante, e a população continua a enfrentar um futuro incerto em meio a uma crise prolongada e complexa, mas mostrou sua força nas ruas, apoiando o resultado das eleições, que como aqui, foi contestada pela extrema direita, usando os mesmos argumentos falaciosos.
EDMAR XIMENES
GEÓLOGO
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