O Ibovespa renovou recordes nesta terça-feira, destoando do cenário internacional, onde os principais índices apresentaram quedas modestas. Enquanto os mercados europeus e norte-americanos fecharam em baixa, o principal índice da Bolsa brasileira avançou 0,2%, encerrando o dia aos 136.087 pontos, tanto no intradiário quanto no fechamento.
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Cenário internacional
Nos Estados Unidos, os investidores adotaram uma postura mais conservadora, à espera de eventos importantes que começam a partir de quarta-feira (21). A ata da última reunião do Federal Reserve (Fed), o banco central norte-americano, é aguardada pelo mercado, pois pode trazer indícios sobre um possível corte na taxa de juros na próxima reunião do comitê, marcada para os dias 17 e 18 de setembro.
Outro evento relevante é o simpósio de Jackson Hole, que terá início na quinta-feira (22). O encontro reúne presidentes dos principais bancos centrais e economistas de destaque, e o discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, na sexta-feira, é especialmente aguardado pelos investidores.
Com isso, os índices Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq recuaram, respectivamente, 0,16%, 0,20% e 0,33%, quebrando a sequência de oito altas consecutivas do Nasdaq.
No mercado de câmbio, o dólar teve uma leve queda de 0,5% em relação a outras moedas fortes, mas subiu 1,3% frente ao real, fechando cotado a R$ 5,48.
Fatores internos
O desempenho positivo do Ibovespa foi impulsionado por declarações do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que se mostrou mais confortável com o cenário externo, o que poderia influenciar a trajetória da Selic, a taxa básica de juros do Brasil. No entanto, Campos Neto alertou que os riscos internos ainda estão no radar, e decisões sobre a Selic serão tomadas na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), também agendada para os dias 17 e 18 de setembro.
Além disso, as falas otimistas do secretário-executivo do Ministério da Fazenda, que destacou a confiança do governo em cumprir a meta de zerar o déficit primário neste ano, e do ministro Fernando Haddad, que acredita que o Brasil deve crescer igual ou acima da média mundial, contribuíram para o otimismo do mercado.
Investidores estrangeiros
O otimismo do mercado brasileiro atraiu novamente os investidores estrangeiros, que voltaram a aportar recursos no país. No entanto, resta saber se esse movimento de retorno é duradouro ou se os investidores estão apenas respondendo às promessas do governo. O mercado deve acompanhar de perto se as metas anunciadas serão cumpridas.
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