O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), encerrou a sessão desta quinta-feira (16) em queda de 1,15%, aos 121.234,14 pontos, devido à realização de lucros após ganhar 2,81%.
O discurso de Scott Bessent, futuro secretário do Tesouro dos Estados Unidos (EUA), também empurrou o índice para baixo, enquanto o dólar valorizou perante as moedas de países emergentes. Bessent endossou a imposição de tarifas já anunciadas por Trump, entre outras sanções protecionistas. O dólar encerrou o dia em alta de 0,47%, a R$ 6,05.
No mercado internacional o discurso de Bessent ainda reverbera, influenciando a alta dos futuros em Nova York, que caminham para fechar uma semana positiva. O índice Dow Jones futuro sobe 0,35%; o S&P500 ganha 0,36% e o Nasdaq avança 0,46%.
O mercado global agora aguarda com grande expectativa a posse de Donald Trump, em 20/1, assim como estão pagando para ver as promessas de campanha com seus planos de tarifas protecionistas da nova era “America First”.
No Brasil, o mercado também segue de olho na última sessão do mercado às vésperas da posse do novo presidente dos Estados Unidos, assim como os impactos que possam surgir sobre o câmbio e mercado acionário ao longo do dia.
Nesta sexta-feira (17), o dólar abriu em queda de 0,05%, a R$ 6,05, assim como o dólar futuro negociado a R$ 6,06. Os juros futuros também recuam, enquanto o Ibovespa futuro sobe 0,34%, aos 122.395 pontos.
Manchetes desta manhã
- Aumento de juros e dólar leva analistas a cortar preço-alvo de ações (Valor)
- Futuro imposto único sobre consumo deverá ser de 28% (Globo)
- Reforma Tributária: quando o novo sistema de impostos vai começar a funcionar? (O Globo)
- Próximo desafio do governo, reforma do IR enfrentará resistência no Congresso. (O Globo)
- Após vetos de Lula, reforma tributária tem seu início de fato (Valor)
- Equipe econômica vê pouco espaço político para nova revisão de gastos, mas dívida pública preocupa (Folha)
Mercado global
As bolsas da Europa caminham para registrar o 4º ganho semanal consecutivo, com dados da China e inflação subjacente dos EUA impulsionando a tomada de risco após a economia da China corresponder às ambições do governo de crescimento de 5% em 2024.
O índice FTSE 100 supera seus pares e avança em alta histórica, em meio às expectativas de um corte na taxa de juros do BoE, o Banco Central europeu.
Na Ásia, o mercado encerrou a semana sem direção definida, de olho na posse de Trump e questões locais. Na China, foi registrada alta nos negócios após o PIB subir acima do consenso e superar a meta de 5%; enquanto no Japão, o mercado segue apreensivo com a próxima reunião do BoJ, que poderá definir novo ajuste nos juros.
Em Nova York, o S&P 500 futuro sobe 0,3%, Stoxx Europe +0,7%, o Nikkei caiu 0,3% e o Shanghai +0,2%.
Confira os principais índices do mercado:
- S&P 500 Futuro +0,3%
- STOXX 600 +0,7%
- FTSE 100 +1,1%
- Nikkei 225 -0,3%
- Shanghai SE Comp. +0,2%
- MSCI EM +0,2%
- Dollar Index +0,1%
- Yield 10 anos -1,4bps a 4,5986%
- Petróleo WTI +0,4% a US$ 79,03 barril
- Futuro do minério em Singapura +1,1% a US$ 103,8
- Bitcoin +2% a US$ 102154,63
Commodities
- Petróleo: registra leve alta, com o WTI em alta de 0,66%, a US$ 79,20 o barril. O Brent avança 0,50%, a US$ 81,70 o barril.
Minério de ferro: fechou em alta de 1,71% em Dalian na China, cotado a US$ 109,63/ton. Em Singapura, os contratos futuros estão em alta de 1,04%, cotados a US$ 103,75/ton. O mercado à vista está em alta de 0,57%, cotado a US$ 101,60/ton.
Cenário internacional
Nos EUA, a agenda do dia traz como destaque dados sobre a produção industrial de dezembro, às 11h15, além da continuidade da publicação dos balanços corporativos.
No ínicio da próxima semana, toda atenção do mercado estará voltada à posse de Donald Trump, na segunda-feira (20), dia que também é feriado nos EUA em memória a Martin Luther King.
Ao longo dos próximos dias, destaque ainda para o discurso da presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, na quarta-feira (22), e decisão de juros pelo Banco do Japão (BoJ) na sexta-feira (24).
Cenário nacional
No Brasil, a agenda desta sexta-feira está tranquila, trazendo entre os indicadores econômicos a divulgação do IGP-10 e o vencimento de opções sobre ações na B3. Já na próxima semana, o destaque da agenda será o IPCA-15 de janeiro, previsto para sexta-feira (24).
Entre os compromissos do dia, está prevista para as 15h, a entrevista do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ao vivo à CNN. Ontem, Haddad afirmou que os vetos do Executivo ao projeto de regulamentação da reforma tributária não alteram o cerne da reforma, que foi considerada por ele “a maior reforma econômica desde o Plano Real”.
Destaques no mercado corporativo
- Cosan: zerou a posição que detinha em Vale, de 4,05%, com a venda de 173 milhões de ações, o equivalente a R$ 9,1 bilhões
- Direcional: registrou alta de 55% nos lançamentos e avanço de 29% das vendas contratadas no 4º trimestre.
- Cruzeiro do Sul: O CEO, Fabio Fossen, renunciou e será substituído por Renato Padovese, de forma interina.
- Vibra Energia: Concluída aquisição de participação na Comerc Energia por R$ 3,7 bilhões.
- Eneva: Geração líquida de 3.375 GWh no 4º trimestre (+87,6% YoY).
Acompanhe as principais notícias do mercado financeiro todas as manhãs, também no Podcast Café do Mercado, uma produção do Monitor do Mercado.
O episódio de hoje já está no ar, nas principais plataformas de podcasts. Basta clicar na sua plataforma preferida para ouvir: Spotify; Deezer; Amazon Music; Podcasters. Ou ouvir clicando abaixo:
O post Morning Call: Às vésperas da posse de Trump, mercado atento às sanções protecionistas apareceu primeiro em Monitor do Mercado.