O mercado de commodities terminou esta quarta-feira (15) de olho no clima extremo e às oscilações do petróleo, que subiu 2,58%, fechando a US$ 82,38.
Segundo Guto Gioielli, especialista do Portal das Commodities, a alta no petróleo influenciou os custos logísticos e energéticos, refletindo diretamente em diversas cadeias produtivas.
No setor agrícola, o calor intenso preocupou os produtores, especialmente na Argentina e em regiões do Brasil, onde a umidade alta e as altas temperaturas podem comprometer a produtividade das lavouras de soja e milho. Veja a análise na íntegra:
Soja: realização de lucros e incertezas
Os contratos futuros de soja registraram movimento de realização de lucros após altas recentes impulsionadas pelo relatório do USDA (Departamento de Agricultura dos EUA).
O grão, que testou resistência em US$ 13,52 por bushel, recuou com abertura negativa, refletindo a cautela dos investidores em meio ao cenário climático.
Milho e café
O milho acompanhou a valorização do petróleo, fechando o dia com alta próxima de 1%. No café, o movimento foi mais expressivo, com variação superior a 4% nos contratos futuros, refletindo as preocupações com o clima e a redução de estoques globais.
Dólar em queda favorece mercado brasileiro
A inflação abaixo do esperado nos Estados Unidos trouxe alívio ao mercado, levando o dólar a cair 0,35%, encerrando a R$ 6,02. Para os exportadores brasileiros, a desvalorização do dólar pode reduzir a competitividade, enquanto as commodities negociadas em reais podem perder atratividade.
Bolsa brasileira sobe com melhora no exterior
A Bolsa brasileira acompanhou o alívio no cenário internacional e encerrou o dia com alta de 1,36%, aos 116.850 pontos. A queda do dólar e os resultados positivos das commodities contribuíram para o desempenho, com destaque para ações de Petrobras (+2,15%) e Vale (+1,78%), impulsionadas pela valorização do petróleo e dos metais.
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