Na máxima histórica, Ibovespa continua negativo em dólar

O Ibovespa, finalmente, chegou à sua pontuação máxima da história da existência da Bolsa de Valores. Às 10h30 desta sexta-feira (16), o principal índice da Bolsa brasileira atingiu os 134.764,93‎ pontos, enquanto subia 0,46%.

Após atingir a mínima do ano, aos 119 mil pontos, uma queda de 10,22%, o índice subiu fortemente e, em menos de dois meses, reverteu as perdas e somou uma alta de 1,10% até o fechamento de ontem (15).

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No entanto, a alta de 13% do dólar em relação ao real este ano, resulta em uma desvalorização de 8,6% do Ibovespa contabilizado em dólar.

Segundo Marcos de Vasconcellos, CEO do Monitor do Mercado, isso pode dar indícios de que o “momento de realização de lucros ainda não chegou”, já que quem vê o índice em dólar ainda não obteve lucro. (veja a comparação do índice abaixo)

Em verde e vermelho, o índice em real. Em rosa, a variação em dólar.

Motivo da alta do Ibovespa

Após um temor de recessão nos Estados Unidos impulsionado pelo payroll (relatório de empregos) que fez os mercados sangrarem na primeira segunda-feira do mês (5), com o Ibovespa caindo menos do que os outros índices no mundo (-0,46%), o índice embalou uma sequência de oito altas consecutivas. O movimento foi se reforçando com dados positivos do mercado de trabalho e de inflação da economia americana.

Investidores estrangeiros

Em junho, Marcos apontou, em um episódio do podcast Ligando os Pontos, como a fuga de dólares estava derrubando o preço das ações no Brasil. Naquela ocasião, a Bolsa caia 9% em 2024, mas para os investidores estrangeiros, que fazem a conta em dólar, o Ibovespa despencava 17%, sugerindo boas oportunidades de compra.

E os investidores aproveitaram o momento. No mês seguinte, em julho, tivemos, pela primeira vez no ano, um superávit mensal, recebendo mais investimentos estrangeiros do que retiradas. O saldo final da entrada de dinheiro internacional foi de R$ 3,6 bilhões no mês. O saldo negativo do ano é de R$ 35,89 bilhões.

Segundo o BTG Pactual, as expectativas seguem positivas para o mês de agosto. E os dados têm corroborado as previsões.

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