O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado a prévia do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, registrou um avanço de 1,37% em junho na comparação com maio, atingindo 152,09 pontos, conforme dados divulgados nesta sexta-feira (16) pelo Banco Central.
Esse resultado superou as expectativas do mercado, que previa uma alta de 0,60%. Na comparação com junho do ano passado, o IBC-Br subiu 3,18%, também acima da projeção de 2,30%, alcançando 150,38 pontos na série sem ajuste sazonal.
Com o resultado, o indicador acumula alta de 2,12% no ano e de 1,64% nos últimos 12 meses, reforçando a percepção de resiliência da economia nacional.
IBC-Br de junho e revisões podem impulsionar Ibovespa
O Banco Central revisou para cima os resultados ajustados de meses anteriores, aumentando a alta de maio de 0,25% para 0,41% e abril de 0,26% para 0,32%. O resultado pode influenciar diretamente no Ibovespa no pregão desta sexta.
Ontem, o principal índice da Bolsa brasileira, atingiu a sua máxima histórica intradiária de 134.574 pontos. A valorização do IBC-Br tende a beneficiar setores mais sensíveis ao ciclo econômico, como varejo e construção civil.
Nesta manhã, o Ibovespa abriu em alta o pregão, avançando 0,40%, aos 134.679 pontos, às 10h40.
Pressão sobre o Banco Central
Ainda que o ritmo de crescimento seja positivo, o avanço contínuo do IBC-Br pode aumentar as pressões para o Banco Central adotar uma postura mais rígida em relação à política monetária.
Caso o crescimento persista em níveis elevados, investidores começam a especular sobre a possibilidade de o BC rever sua política de cortes de juros e adotar uma abordagem mais cautelosa.
“A expectativa é de manutenção da Selic em 10,5%, mas economia mais forte e acelerando mesmo na margem deve manter suspeita do mercado de uma possibilidade maior de novo ciclo de alta”, segundo Tatiana Pinheiro, economista-chefe da Galapagos Capital, em entrevista ao Broadcast.
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