O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) acelerou para 0,72% em agosto, após um aumento de 0,45% em julho. No acumulado do ano, o indicador registra alta de 2,36%, enquanto nos últimos 12 meses acumula 4,26%. O dado, divulgado nesta sexta-feira (16) pela Fundação Getulio Vargas (FGV), superou as expectativas do mercado financeiro, que projetavam um avanço de 0,70%.
No mesmo mês do ano passado, o índice havia caído 0,13% e acumulava uma queda de 7,37% no período de 12 meses.
O reajuste dos combustíveis, autorizado pela Petrobras em 9 de julho, teve um impacto direto sobre o índice, influenciando tanto o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) quanto o Índice de Preços ao Consumidor (IPC). Segundo o economista André Braz, do FGV IBRE, a gasolina foi o principal fator de alta em ambos os indicadores.
Alta nos índices do IGP-10
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), responsável por medir a variação dos preços no atacado, apresentou uma alta de 0,84% em agosto, superior aos 0,49% registrados no mês anterior. Esse movimento foi puxado principalmente pelos preços dos combustíveis, que subiram 6,56%, contra 0,73% em julho.
Entre os bens intermediários, a alta também foi significativa, passando de 0,44% em julho para 1,26% em agosto, impulsionada pelo aumento nos preços dos combustíveis e lubrificantes para a produção. Excluindo-se esse impacto, o índice de bens intermediários variou 1,09%, ainda assim acima dos 0,48% observados no mês anterior.
A alta nas matérias-primas brutas foi de 1,12% em agosto, frente aos 0,96% de julho. Contribuíram para esse resultado as elevações nos preços de bovinos, cana-de-açúcar e aves. Por outro lado, itens como soja em grão, minério de ferro e café em grão tiveram variações negativas.
Gasolina e passagens aéreas pressionam IPC
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) também apresentou alta em agosto, subindo 0,33%, acima dos 0,24% de julho. O principal fator de pressão foi o aumento dos preços dos combustíveis, em especial da gasolina, que teve alta de 4,56% no mês.
As passagens aéreas também contribuíram significativamente, com um aumento de 11,21%. Outros itens que influenciaram o IPC foram o gás de bujão, cigarros e as mensalidades de TV por assinatura.
Por outro lado, grupos como Alimentação, Saúde e Cuidados Pessoais e Vestuário apresentaram quedas nas suas taxas de variação, ajudando a conter uma alta mais acentuada do índice.
Materiais e equipamentos sobem e influenciam INCC
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou uma leve aceleração, subindo 0,59% em agosto contra 0,54% em julho.
O grupo Materiais e Equipamentos puxou essa alta, com variação de 0,69%, enquanto a mão de obra apresentou uma desaceleração, passando de 0,83% para 0,47%.
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