As taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DIs) abriram de forma mista na manhã de hoje, mas passaram a subir após a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) dos Estados Unidos para o mês de julho.
O CPI subiu 0,2% na comparação mensal, conforme esperado pelo mercado, enquanto a alta anual foi de 2,9%, ligeiramente abaixo da previsão de 3,0%.
Taxas de DIs e cotação do dólar
- DI para janeiro de 2025: 10,730% (de 10,745%)
- DI para janeiro de 2026: 11,395% (de 11,415%)
- DI para janeiro de 2027: 11,360% (de 11,365%)
- DI para janeiro de 2028: 11,395% (de 11,400%)
Além disso, o dólar opera em alta, cotado a R$ 5,4542, refletindo o movimento de cautela no mercado global.
Impacto nos DIs e treasuries
Os DIs acompanham o movimento dos rendimentos dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos, conhecidos como Treasuries.
As taxas desses títulos subiram para 3,8555% após a divulgação do CPI, refletindo as expectativas de que o Federal Reserve (Fed) possa estar se aproximando do fim do ciclo de alta de juros, com possibilidade de cortes a partir de setembro.
Os investidores brasileiros monitoram de perto esses movimentos, pois a elevação nos rendimentos dos Treasuries pode impactar a atratividade dos ativos brasileiros.
Quando os rendimentos dos títulos americanos sobem, pode haver uma pressão para que as taxas de juros locais também subam, para manter o diferencial de retorno entre os mercados.
Análise do mercado
Gustavo Suno, economista-chefe da Suno Research, avaliou que o resultado da inflação ao consumidor de julho nos EUA foi positivo para o cenário de política monetária. Afirma, ainda, que os últimos dados de atividade econômica e do mercado de trabalho apontam para uma desaceleração controlada da economia americana, o que poderia evitar uma recessão e permitir um “pouso suave”.
Suno projeta que o Fed pode iniciar um ciclo de afrouxamento monetário já em setembro, com pelo menos mais um corte na taxa de juros até o final de 2024. Essa perspectiva pode trazer volatilidade para os mercados, especialmente para as taxas de juros e câmbio.
Grupo CMA
Imagem: Divulgação
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