A inflação dos Estados Unidos, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) registrou um aumento de 0,2% em julho na comparação com o mês anterior. Os dados foram divulgados pelo Departamento de Trabalho do país nesta quarta-feira (14).
O resultado veio em linha com as expectativas do mercado, refletindo um leve aquecimento da economia após uma queda de 0,1% em junho. Nos últimos 12 meses, o CPI acumulou alta de 2,9%, também dentro das previsões dos analistas.
Núcleo do CPI acima das expectativas
O núcleo do CPI, que exclui os preços voláteis de alimentos e energia, subiu 0,2% em julho, um pouco acima do avanço de 0,1% registrado em junho. Na comparação anual, o núcleo da inflação subiu 3,2%, indicando uma pressão mais persistente nos preços de bens e serviços que compõem a cesta básica do consumidor norte-americano.
Em relação aos preços de energia, o índice permaneceu estável em julho, após ter caído 2% em junho. Já o índice de preços de alimentos repetiu a alta de 0,2% do mês anterior. No acumulado de 12 meses, o subíndice de energia aumentou 1,1%, enquanto o de alimentos subiu 2,2%.
Inflação altera expectativas para corte de juros
Com a inflação dentro das expectativas, o mercado ajustou suas apostas sobre o ritmo de relaxamento monetário pelo Federal Reserve (Fed). A perspectiva de um corte de 0,25% nas taxas de juros na reunião de setembro aumentou para 58,5%, segundo o FedWatch, monitoramento realizado pelo CME Group.
Por outro lado, a probabilidade de um corte mais agressivo, de 0,5%, recuou para 41,5%. Antes da divulgação do CPI, havia um consenso de que a redução em setembro seria nesse patamar.
Apesar da divisão sobre o tamanho do primeiro corte, o mercado continua a projetar uma redução acumulada de 1% até dezembro como a opção mais provável, com a probabilidade subindo de 43,4% para 44,5% após a divulgação do CPI.
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