As principais bolsas asiáticas fecharam o pregão desta sexta-feira (18) majoritariamente em alta, estimuladas pelos dados econômicos acima da expectativa na China, um dia após a frustração pela falta de estímulos chineses. A segunda maior economia do mundo divulgou ontem (17), um crescimento de 4,6% do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre, acima da projeção de 4,5%.
Na comparação trimestral o crescimento foi de 0,9%. Segundo o economista da China para a Capital Economics, Zichun Huang, “após desacelerar no segundo trimestre, a economia recuperou algum ímpeto no último trimestre. Um impulso proveniente do estímulo fiscal deve ajudar a atingir o alvo de crescimento anual por pouco neste ano e sustentar a atividade nos próximos trimestres”.
Para a economista-chefe do BNP Paribas na China, Jacqueline Rong, a probabilidade de a China atingir sua meta de crescimento agora parece muito alta. “Após os novos dados, apenas uma recuperação moderada no 4º trimestre ‘resolverá o problema’”
Desempenho das principais bolsas asiáticas
- China (Xangai Composto): 3.261 pontos (+2,91%)
- China (Shenzhen Composto): 10.357 pontos (+4,71%)
- Tóquio (Nikkei 225): 38.987 pontos (+0,18%)
- Hong Kong (Hang Seng): 20.804 pontos (+3,61%)
- Coreia (Kospi): 2.594 pontos (-0,59%)
- Taiwan (Taiex): 23.487 pontos (+1,88%)
Produção industrial da China cresce e desemprego cai
A produção industrial da China subiu 5,4% em setembro em base anual, acima dos 4,5% registrados em agosto, segundo dados divulgados ontem pelo Departamento de Estatísticas chinês. A previsão era de alta de 4,7%. Em termos mensais, a alta foi de 0,59%.
O setor de mineração subiu 2,9%; o de manufatura, 6%; e o de produção de energia, água e gás, subiu 6,3%. As empresas estatais tiveram crescimento de 4,3%; e as privadas, de 6,1%.
O Departamento de Estatísticas também divulgou os dados sobre a taxa de desemprego nas áreas urbanas, revelando que o número caiu para 5,1% em setembro, abaixo da previsão de 5,3%. Nas 31 maiores cidades chinesas, o desemprego está em 5,1% em setembro, abaixo dos 5,4% de agosto. Os funcionários chineses trabalharam em média 48,8 horas por semana.
Vendas no varejo também vieram acima da expectativa
As vendas no varejo da China aumentaram 3,2% em setembro em relação ao ano anterior. A previsão era de alta de 2,5% no período.
O índice foi maior que os 2,1% registrados em agosto. Em base mensal, as vendas no varejo subiram 1,1%. Na área urbana da China, as vendas subiram 3,2%, e no setor rural, o aumento foi de 4,4%.
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