A Azul divulgou seu balanço financeiro do segundo trimestre de 2024, registrando um prejuízo líquido ajustado de R$ 744,4 milhões, um aumento de 31,3% em relação ao mesmo período do ano passado. Apesar disso, no acumulado do primeiro semestre de 2024, o prejuízo líquido ajustado caiu 17,4%, fechando em R$ 1,068 bilhão negativo.
Fatores que influenciaram os resultados
A desvalorização do Real foi um dos principais fatores que afetaram os resultados da Azul. A taxa de câmbio no final do período estava 11,7% mais fraca, enquanto os preços dos combustíveis subiram 2,4%, pressionando ainda mais os custos operacionais.
Desempenho operacional
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da companhia foi de R$ 1,052 bilhão, uma queda de 9% em relação ao 2º trimestre de 2023.
No entanto, na comparação semestral, o Ebitda cresceu 12,8%, totalizando R$ 2,462 bilhões no primeiro semestre de 2024. A margem Ebitda caiu 1,9 pontos percentuais, atingindo 25,2% no trimestre, mas subiu para 27,9% no semestre.
Receita e desafios operacionais
A receita líquida da Azul no 2º trimestre foi de R$ 4,172 bilhões, uma queda de 2,3% em comparação com o mesmo período do ano passado.
O resultado foi impactado negativamente pelas enchentes no Rio Grande do Sul e pela redução temporária da capacidade internacional, que caiu 8% em comparação com o 2º trimestre do ano anterior. Mesmo assim, na comparação semestral, a receita líquida cresceu 1,2%, totalizando R$ 8,851 bilhões.
Custos e despesas operacionais
As despesas operacionais da Azul totalizaram R$ 3,7 bilhões no 2º trimestre, um aumento de 1,5% em relação ao 2T23.
O aumento foi impulsionado pela expansão de 3,4% na capacidade total da companhia, pela depreciação de 5,3% do real frente ao dólar e pela alta de 1,4% no preço do combustível. Esses custos foram parcialmente compensados por ganhos de produtividade e iniciativas de redução de custos.
Liquidez e endividamento
A Azul encerrou o trimestre com uma liquidez total de R$ 6,4 bilhões, incluindo investimentos de longo prazo e depósitos em garantia. A liquidez imediata era de R$ 2,5 bilhões, representando 13,4% da receita dos últimos doze meses.
A dívida bruta da companhia aumentou para R$ 28,1 bilhões, principalmente devido à depreciação do real e à emissão de debêntures locais. A alavancagem, medida como dívida líquida sobre Ebitda dos últimos doze meses, foi de 4,5x, impactada pela desvalorização do real.
Frota e capacidade operacional
A Azul terminou o 2º trimestre com uma frota operacional de 182 aeronaves de passageiros e uma frota contratual de 183 aeronaves, com idade média de 7,2 anos, excluindo as aeronaves Cessna.
A companhia destacou que aproximadamente 83% de sua capacidade agora provém de aeronaves de nova geração, superior a qualquer outro concorrente na região.
Grupo CMA
Imagem: Flickr
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