As contas do governo central registraram um déficit de R$ 22,4 bilhões em agosto de 2024, conforme informou o Tesouro Nacional nessa quinta-feira (3/10). Esse resultado, apesar de representar o sétimo pior para o mês de agosto desde o início da série histórica em 1997, é o melhor desempenho registrado nos últimos três anos para o período. Em agosto de 2021, o déficit havia sido de R$ 10,8 bilhões.
Quando comparado ao mesmo mês de 2023, o resultado mostra uma melhora significativa. Em agosto do ano passado, o déficit primário atingiu R$ 26,7 bilhões, o que demonstra um avanço na tentativa de controle das contas públicas, mesmo em meio a um cenário econômico desafiador.
O resultado consolidado inclui o desempenho financeiro do Tesouro Nacional, do Banco Central e da Previdência Social.
No acumulado de janeiro a agosto de 2024, o déficit primário somou R$ 99,997 bilhões, ligeiramente inferior ao registrado no mesmo período do ano anterior, quando o déficit totalizou R$ 105,884 bilhões. Essa redução de cerca de 5,5% reflete os esforços para conter o desequilíbrio fiscal, ainda que o governo continue enfrentando desafios estruturais, como o aumento das despesas obrigatórias.
O atual governo tem como meta fiscal para 2024 um déficit de R$ 28,8 bilhões, que representa o limite máximo de tolerância da meta, com o objetivo central de alcançar um resultado primário equilibrado. No entanto, para 2024, o cenário deve ser mais desafiador. O déficit efetivo projetado é de R$ 68,8 bilhões, considerando despesas extras com calamidades, como as enchentes no Rio Grande do Sul e as queimadas, além do pagamento de valores retroativos ao Judiciário, que somam R$ 40,5 bilhões fora das regras fiscais tradicionais.
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