Vivemos na era da transparência. Tudo parece muito claro, muito nítido. Expomos quase tudo o que fazemos nas redes sociais, tiramos fotos e postamos para que outros vejam o que estamos fazendo. Nem o que comemos escapa dos flagras. Momentos íntimos se tornam públicos. Tudo vale para registrar e postar. A pergunta que poderia ser feita diante de tanta exposição seria: qual a necessidade de se expor dessa maneira? Por quais motivos nos expomos tanto? Em busca de seguidores e mais seguidores? Com o objetivo de ter atenção da nossa bolha no Instagram? Na intenção de ganharmos likes?
Mas há uma exposição, no mundo transparente, que parece ser benéfica. Quer saber quanto o presidente da república, os deputados (estaduais e federais), os senadores, os governadores, os prefeitos e os demais funcionários públicos ganham de salário? Basta consultar os portais da transparência. Municípios, Estados e União, dispõem de sites em que constam dados financeiros, dentre os quais, o gasto com pessoal.
Outra exposição que é boa é a dos candidatos aos cargos públicos. O TSE divulga em seu site, os dados de todos os que concorrem nos pleitos. E é bom que o eleitorado visite o site e consulte quais os bens do seu candidato, sua vida pregressa e o programa de governo. Entre as candidaturas de Fortaleza, chama atenção a expressiva quantidade de milionários que almejam ocupar cargos públicos.
As exposições que são prestação de contas para a sociedade são boas. Afinal, quem banca a coisa toda? Todos nós. Então é justo que saibamos quanto os cargos e as obras estão custando.
Quer ser presidente, governador, prefeito, deputado ou vereador? Pois esteja pronto para exposição. De seus bens (pelo menos o que declaram), de sua história, de sua vida, de sua família, de sua oratória e de sua inteligência (nos debates e pronunciamentos). Tudo deve ficar muito claro para o eleitor que deve saber em quem deposita sua confiança.
FELIPE AUGUSTO FERREIRA FEIJÃO
PROFESSOR E
MESTRE EM FILOSOFIA
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