O dólar fechou em queda de 0,41%, cotado a R$ 5,49, menor valor desde 23 de agosto. A moeda americana chegou a sua quinta baixa consecutiva. Em setembro, o dólar já desvalorizou 2,61%.
A recente valorização do real, segundo analistas de mercado, está relacionada à expectativa de aumento do diferencial de juros entre o Brasil e os Estados Unidos. Nesta “super quarta”, espera-se uma elevação da taxa Selic, no Brasil, enquanto nos EUA, o Federal Reserve (Fed) deve cortar a taxa de juros.
Se confirmada essa diferença de políticas, o real pode ganhar ainda mais força no curto prazo. Contudo, economistas alertam que o fortalecimento do real depende também de fatores internos, como o controle da dívida pública e a implementação de medidas fiscais mais rígidas.
Influência externa e interna no dólar
Nos EUA, dados econômicos acima das expectativas, como o crescimento de 0,1% nas vendas do varejo e o avanço de 0,8% na produção industrial em julho, pressionaram o dólar no cenário global. Ainda assim, moedas emergentes de países com taxas de juros elevadas conseguiram se valorizar.
O cenário fiscal do Brasil, no entanto, preocupa os investidores. Especialistas do banco BTG Pactual alertam que um aumento contínuo da taxa Selic sem medidas claras de controle do gasto público pode aumentar o risco fiscal do país, levando a uma possível desaceleração do crescimento econômico em 2025 e 2026.
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