Queimadas e fumaça: ministra da Saúde diz que não deve haver orientação para fechamento de escolas

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, afirmou que não haverá uma orientação geral para o fechamento de escolas devido à fumaça das queimadas que afetam diversas regiões do Brasil.
Durante reunião no Palácio do Planalto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e autoridades dos três poderes, Nísia enfatizou que a situação deve ser analisada caso a caso, e as decisões serão tomadas em conjunto com as prefeituras.
“Se coloca muito a questão de fechar as escolas. Não devemos ter uma orientação geral de fechamento das escolas. Pq isso não seria positivo, às vezes ao contrário. Às vezes, o ambiente da escola é até melhor do que a própria casa”, afirmou a ministra. Segundo ela, em muitos casos, o ambiente escolar pode ser mais seguro do que o próprio lar, onde a exposição à fumaça pode ser mais intensa.
A declaração ocorre em meio a um cenário preocupante de queimadas que têm assolado várias partes do país, especialmente a região amazônica e o Cerrado. A fumaça resultante desses incêndios tem gerado problemas de saúde pública, especialmente em crianças e idosos, que são mais vulneráveis aos efeitos da poluição do ar. No entanto, a ministra destacou que, apesar da gravidade da situação, o fechamento das escolas não deve ser a primeira medida adotada.
Ela ressaltou que a situação é delicada, mas não comparável aos desafios enfrentados durante a pandemia de Covid-19. “Nós não estamos reproduzindo cuidados da pandemia de Covid-19. Acho que isso é muito importante dizer pq há uma certa confusão em relação a isso”, disse. Para Trindade, as ações precisam ser adaptadas conforme o contexto local e a gravidade dos incêndios em cada território.
A ministra também pontuou a importância de monitoramento constante e medidas preventivas nas escolas e outros espaços públicos: “O importante é que nos ambientes onde nós estejámos existam cuidados. A situação é grave, mas ela requer cuidados diferentes no território e um monitoramento permanente que nós estaremos fazendo, presidente.”
As queimadas, que têm sido impulsionadas pela seca severa e práticas de desmatamento, continuam sendo uma preocupação nacional, agravando os problemas respiratórios em diversas cidades. Ainda assim, Nísia Trindade reforçou que a prioridade é garantir a segurança das crianças, sem interromper a educação, mantendo um acompanhamento próximo das condições em cada localidade.
Impacto nas regiões afetadas
Além dos riscos à saúde, as queimadas também têm provocado interrupções em atividades econômicas e comunitárias nas áreas mais atingidas. No entanto, especialistas afirmam que fechar escolas em locais onde o controle da qualidade do ar está sendo monitorado pode não ser a melhor solução.
Adicionar aos favoritos o Link permanente.