A Copel (Companhia Paranaense de Energia) reportou um lucro líquido de R$ 473,6 milhões no segundo trimestre de 2024, um aumento de 53,9% em comparação com o mesmo período do ano anterior. No acumulado dos seis primeiros meses do ano, o lucro da empresa somou R$ 1,007 bilhão, representando um crescimento de 6,8% em relação ao mesmo intervalo de 2023.
Desempenho operacional
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) alcançou R$ 1,304 bilhão no segundo trimestre, uma elevação de 7,4% na comparação anual.
A margem Ebitda, que mede a eficiência operacional da companhia, foi de 23,4% no trimestre, em linha com o resultado do ano anterior. No semestre, o Ebitda totalizou R$ 2,704 bilhões, uma queda de 1,2%, com margem de 24,8%.
Já o Ebitda ajustado, que exclui itens não recorrentes, atingiu R$ 1,28 bilhão entre abril e junho, um crescimento de 5,7% na comparação anual.
A margem ajustada foi de 23,4%, uma queda de 1,7 ponto percentual. No acumulado do semestre, o Ebitda ajustado somou R$ 2,61 bilhões, representando um recuo de 0,8%, com margem de 24%.
Receita operacional
A receita operacional líquida da Copel atingiu R$ 5,479 bilhões no segundo trimestre, um crescimento de 7,4% em relação ao mesmo período do ano passado. No acumulado dos seis primeiros meses de 2024, a receita foi de R$ 10,367 bilhões, um aumento de 5,1%.
O desempenho positivo foi impulsionado por um crescimento de 6,2% no mercado fio faturado, reflexo das temperaturas médias mais elevadas no período e do reajuste tarifário de junho de 2023, que aplicou um efeito médio de 6,32% nas Tarifas de Uso do Sistema de Distribuição (Tusd).
Além disso, o controle eficaz dos custos gerenciáveis, que cresceram apenas 0,5% em relação ao segundo trimestre do ano passado, frente a uma inflação de 3,7%, também contribuiu para o resultado.
Riscos e desafios
Apesar dos resultados positivos, a Copel enfrentou desafios com a redução do preço médio de energia de seu portfólio de Geração e Transmissão, além de uma menor performance dos complexos eólicos. Estes fatores foram citados pela empresa como contrapontos ao bom desempenho no trimestre.
Equivalência patrimonial
O resultado de equivalência patrimonial, que inclui os empreendimentos controlados em conjunto e coligadas, somou R$ 80,5 milhões no segundo trimestre, representando uma alta de 10,7% na comparação anual. O resultado foi influenciado pela revisão tarifária periódica aplicada aos contratos de transmissão e pela maior inflação.
Imagem: Wikimedia Commons
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