Chocolate amargo está relacionado a menor risco de diabetes tipo 2

Estudo aponta benefícios em consumo moderado de tipo de chocolate menos açucarado e com menor adição de leite

Texto: Coluna EU Atleta (por Guilherme Renke)

Um estudo publicado no The BMJ descobriu que consumir ≥5 porções semanais de chocolate amargo está associado a uma redução de 21% no risco de diabetes tipo 2, enquanto o chocolate ao leite não apresenta benefícios similares e está ligado ao ganho de peso.

O chocolate amargo é rico em flavonoides, que podem melhorar a sensibilidade à insulina. A pesquisa analisou dados de mais de 192 mil pessoas, mas ressalta limitações, como confusão residual e predominância de participantes brancos acima de 50 anos, restringindo a generalização dos resultados.

Isso ocorre pois o cacau contém mais antioxidantes fenólicos do que a maioria dos alimentos. Os flavonoides, incluindo catequina, epicatequina e procianidinas, predominam na atividade antioxidante, que pode influenciar diretamente a resistência à insulina, e com isso reduzir o risco de diabetes.

A estrutura tricíclica dos flavonoides determina os efeitos antioxidantes que eliminam as espécies reativas de oxigênio.

O conteúdo de epicatequina do cacau é o principal responsável por seu impacto favorável no endotélio vascular devido ao seu efeito na supra regulação aguda e crônica da produção de óxido nítrico.

O chocolate amargo contém pelo menos 50% de cacau, enquanto o chocolate ao leite contém menos, e muitas vezes, mais açúcar adicionado.

Quanto maior o cacau e menor o teor de açúcar, maiores os benefícios para a saúde.

Para aqueles que têm risco de pré-diabetes e diabetes tipo 2, é importante limitar a ingestão de chocolate amargo.

Logo, outras opções mais saudáveis ricas em antioxidantes devem ser adicionadas à dieta, como:

  • Frutas Vermelhas e cítricas;
  • Vegetais;
  • Leguminosas e grãos;
  • Chás e especiarias;
  • Oleaginosas e sementes.

Mudanças no estilo de vida também são bem vindas, entre:

  • Exercício físico regular;
  • Atividades físicas diárias comuns;
  • Limitar ou evitar o álcool;
  • Não fumar;
  • Ter entre 7 e 8 horas de sono de qualidade.

REFERÊNCIA:

Chocolate intake and risk of type 2 diabetes: prospective cohort studies

FONTE:

Prof. Dr. Guilherme Renke (@endocrinorenke), sócio fundador do Instituto Nutrindo Ideais (@nutrindoideais), médico professor e pesquisador endocrinologista.

Sócio fundador do Instituto Nutrindo Ideais, médico formado pela Universidade Estácio de Sá, membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), Médico do Esporte com Título de Especialista pela Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte, Pós Graduado em Cardiologia pelo Instituto Nacional de Cardiologia do Rio de Janeiro, Mestre em Cardiologia (INC).

Também possui aprimoramento em Endocrinologia pela Harvard Medical School, Post Graduate Course Obesity Medicine (Boston, EUA) e pelo American Board of Obesity Medicine (EUA). Dr. Renke também é pesquisador aprovado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro – FAPERJ (Inovações no esporte 2012).

Texto: EU Atleta

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