Camilo diz que ações do governo não são “conversa fiada” e pede oposição responsável

O ex-governador e ministro da Educação, Camilo Santana (PT), se dirigiu à oposição no Ceará durante discurso na cerimônia para autorização de obras na Universidade Federal do Ceará (UFC), na manhã desta quarta-feira (16). O petista falava dos investimentos feitos pelas gestões do presidente Lula (PT) e do governador Elmano de Freitas (PT) e disse que as ações não são “conversa fiada”.

Nesta quarta, o ministro assinou ordem de serviço para as obras do novo Hospital Universitário Walter Cantídio e do Campus Iracema e inaugurou o Prédio de Letras – Libras do Campus Benfica, todos projetos para a UFC.

“São R$ 179 milhões para o Hospital e R$ 114 milhões já licitados para começar a obra. Não é conversa fiada. E por que eu digo isso? Porque oposição é importante, faz parte do processo democrático, mas é preciso ter oposição responsável, honesta. (…) Portanto, eu digo à oposição: vamos trabalhar porque vocês foram eleitos pelo voto do povo cearense. Vocês têm responsabilidade de fiscalizar, vão fazer oposição responsável, séria e ajudar o povo de Fortaleza e do Ceará”, disse Camilo.

O ministro também voltou a criticar a gestão passada em Fortaleza, comandada pelo ex-prefeito José Sarto (PDT), na área da saúde, lembrando a crise no IJF no final de 2024. Ao mesmo tempo, elogiou o governador Elmano e o presidente Lula pelos recursos direcionados ao hospital municipal.

Camilo mencionou Lula várias vezes em agradecimento e criticou o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que coincidiu com o período do seu governo no Ceará. “Me mostrem uma obra ou uma ação no Ceará do governo passado aqui no nosso estado. Você não vai encontrar nenhuma, ao contrário, eu era governador e era perseguido. Eu precisava entrar na justiça para receber os recursos que o Ministério da Educação deviam para as obras da educação no Ceará”.

Apesar de estar atualmente inelegível, Bolsonaro ainda se mantém como principal liderança da oposição ao presidente Lula. Mesmo que não possa participar da eleição presidencial de 2026, Bolsonaro poderá indicar um aliado para disputar com o petista.

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