
Polícia invadiu a casa da família de Ana Beatriz procurar o Cisp com as informações de que o corpo da menina estava na casa. Corpo de recém-nascida desaparecida em Alagoas é encontrado no quintal da casa da família
A Polícia Civil invadiu a casa da família Ana Beatriz, na cidade de Novo Lino, em Alagoas, após o advogado da família comparecer no Centro Integrado da Segurança Pública (Cisp) com a informação de que o corpo estava dentro do imóvel. Imagens mostram os policiais entrando pela janela da casa para localizar o cadáver (veja o vídeo acima).
Os policiais tentaram arrombar o portão da casa, mas um parente da família disse que a chave estava quebrada e que o portão não estava abrindo. Então, os policiais entraram pela janela da frente do imóvel e encontraram o corpo de Ana Beatriz no quintal, enrolado em um saco plástico dentro de um pote com sabão em pó.
A mãe da criança tinha dado 5 versões sobre o desaparecimento da filha, incluindo que ela havia sido sequestrada. A polícia chegou a confirmar que nenhuma das versões apresentadas pela mãe era verdadeira e que as forças da Segurança Pública buscavam esclarecer o que tinha acontecido com a bebê.
Corpo de bebê Ana Beatriz é encontrado sem vida no quintal da casa da família
Reprodução/Arquivo Pessoal
Não há informação se a menina morreu de causas naturais ou se foi morta. O advogado da família acionou a polícia nesta terça depois de convencer Eduarda Silva de Oliveira, de 22 anos, a dizer onde estava o corpo da filha.
Após a polícia invadir o imóvel, Eduarda desmaiou e precisou ir em uma ambulância para o hospital. Depois de receber atendimento médico, ela foi conduzida para o Cisp, para prestar depoimento sobre a morte da menina.
A polícia não informou se a mãe da bebê confessou que matou a filha nem se ela foi presa. O g1 tentou localizar a defesa de Eduarda, mas não havia conseguido até a última atualização desta reportagem.
Mãe inventou sequestro e deu várias versões sobre o desaparecimento da menina
Ana Beatriz estava desaparecida desde sexta-feira (11). A primeira versão que a mãe deu aos policiais é de que a menina tinha sido sequestrada por volta das 6h15, em um trecho da BR-101, no Povoado de Euzébio, no município de Novo Lino, divisa com Pernambuco.
“Ela deu uma versão de que havia quatro pessoas no veículo, sendo três homens e uma mulher, e que esse veículo teria parado na banqueta da pista e realizado uma abordagem. Dois homens teriam descido, teriam tomado a criança dos braços dela à força e esse veículo teria seguido sentido Pernambuco”, disse o delegado Igor Diego.
O pai da recém-nascida é motorista e estava em São Paulo a trabalho havia um mês, por isso não conhecia a filha. Após ser informado do desaparecimento, ele voltou para casa para acompanhar as buscas pela recém-nascida.
Ainda no fim de semana, um homem chegou a ser detido como suspeito no município de Vitória de Santo Antão (PE) depois que a polícia localizou um carro com as mesmas características que a mãe informou. Dentro do veículo havia placas de carros, o que levantou suspeita sobre ele. Contudo, o homem prestou esclarecimentos à polícia e foi descartada a participação dele no crime.
A polícia passou a desconfiar das versões da mãe após os relatos de três testemunhas que contrariavam a teoria do sequestro. Não foi informado o que exatamente as testemunhas disseram aos policiais. Além disso, imagens de câmeras de segurança também contradiziam a mãe.
Na segunda-feira (14), a Polícia Civil e o Corpo de Bombeiros fizeram buscas no perímetro próximo à casa da família, com indicação de buscas até em latas de lixo, mas a criança não foi encontrada.
Em depoimento, os vizinhos da mãe da criança informaram que ouviram a bebê chorar pela última vez na quinta-feira passada, um dia antes do relato do suposto sequestro.
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