Nos últimos anos, o aumento de fraudes financeiras tem preocupado tanto instituições bancárias quanto seus clientes. Um dos esquemas mais sofisticados e comuns é o golpe da falsa central de atendimento. Nesse tipo de fraude, criminosos se passam por funcionários de bancos, utilizando tecnologias que mascaram o número de telefone para simular chamadas de centrais oficiais. Essa técnica torna o engano ainda mais convincente e perigoso.
Com o objetivo de proteger seus clientes, instituições financeiras como o Bradesco têm adotado medidas inovadoras. Uma dessas medidas é a implementação de um alerta de segurança em seus aplicativos, que notifica os usuários sobre ligações suspeitas. Essa funcionalidade permite que os clientes identifiquem rapidamente a confiabilidade da chamada, podendo decidir se devem continuar ou desligar.
Como funcionam os golpes de falsa central?

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O objetivo principal do golpista é fazer você acreditar que está realmente falando com um funcionário do seu banco ou de outra instituição confiável. Para isso, eles utilizam as seguintes táticas descritas:
1. Uso do nome do banco da vítima
- Como funciona: O golpista liga e se apresenta imediatamente como sendo do banco X, Y ou Z (exatamente o banco onde a vítima tem conta).
- Por que funciona: Ao ouvir o nome do seu próprio banco, a vítima tende a baixar a guarda e prestar atenção, pois acredita que o contato é pertinente e oficial. Cria uma conexão inicial de legitimidade.
2. Uso de informações pessoais da vítima
- Como funciona: Para tornar a abordagem ainda mais convincente, o golpista utiliza informações pessoais que conseguiu obter previamente sobre a vítima (muitas vezes através de vazamentos de dados, engenharia social em outras plataformas, ou mesmo dados públicos). Ele pode saber seu nome completo, número de telefone, às vezes até parte do CPF ou informações sobre transações recentes.
- Por que funciona: Quando o falso atendente demonstra conhecer alguns dos seus dados, você é levado a acreditar que ele realmente tem acesso legítimo à sua conta e que a ligação é genuína. Isso aumenta a credibilidade e diminui a desconfiança.
3. Voz e tom profissional
- Como funciona: Os criminosos treinam a forma de falar, utilizando um vocabulário formal, um tom de voz calmo e profissional, seguindo roteiros e usando termos técnicos (muitas vezes inventados) que se assemelham aos de um atendimento bancário real.
- Por que funciona: A postura profissional e o linguajar específico imitam um atendimento legítimo, fazendo com que a vítima se sinta mais segura e menos propensa a questionar a veracidade da ligação ou as solicitações feitas.
O resultado:
Combinando essas três táticas (usar o nome do banco, ter alguns dados pessoais e adotar uma postura profissional), os golpistas criam um cenário de credibilidade para então aplicar o golpe final, que geralmente envolve:
- Solicitar dados sensíveis (senhas, códigos de segurança, iToken, número completo do cartão, CVV).
- Induzir a vítima a realizar uma transferência ou pagamento “para reverter uma fraude” ou “confirmar identidade”.
- Convencer a vítima a instalar um aplicativo de acesso remoto no celular ou computador.
Por isso, a regra de ouro é: desconfie de TODAS as ligações não solicitadas que peçam dados sensíveis ou ações financeiras, mesmo que o interlocutor pareça saber quem você é e de qual banco ele (supostamente) está falando. Na dúvida, desligue e contate o banco pelos seus canais oficiais.
Quais são as táticas utilizadas pelos golpistas?
Os golpistas criam um cenário de urgência para pressionar a vítima a fornecer informações sensíveis. Algumas das táticas incluem:
- Problemas com a conta: Alegam que houve algum problema com a conta da vítima, como uma tentativa de fraude ou bloqueio.
- Necessidade de informações: Solicitam informações sensíveis, como senha e dados do cartão de crédito, para “resolver” o problema.
- Ameaças: Em alguns casos, utilizam ameaças para pressionar a vítima, como o bloqueio da conta ou a perda de dinheiro.
Como se proteger de golpes de falsa central?
A prevenção é a melhor forma de evitar cair em golpes de falsa central. Algumas medidas de segurança incluem:
- Desconfie de ligações não solicitadas: Nunca forneça informações pessoais ou financeiras por telefone, a menos que você tenha iniciado o contato.
- Verifique a autenticidade da ligação: Se receber uma ligação suspeita, entre em contato com o banco utilizando os canais oficiais.
- Não clique em links suspeitos: Desconfie de links em e-mails ou mensagens de texto que solicitam informações pessoais.
- Ative a autenticação de dois fatores: Adicione uma camada extra de segurança às suas contas online.
- Mantenha seus softwares atualizados: Atualize seu computador e celular para evitar vulnerabilidades.
O papel dos bancos e clientes na prevenção de fraudes
Os bancos estão investindo em tecnologia avançada e educando seus clientes para combater fraudes. Além disso, a colaboração com órgãos de segurança pública é essencial para prevenir delitos. No entanto, a proteção contra fraudes também depende dos clientes. Medidas como desconfiar de mensagens não solicitadas, verificar a autenticidade dos sites bancários e utilizar senhas fortes são fundamentais.
A conscientização continua sendo a arma mais eficaz na prevenção de fraudes. Ao conhecer as estratégias dos golpistas e adotar práticas de segurança, tanto os bancos como os clientes podem cooperar para um ambiente financeiro mais seguro.
O post 14/04: Banco Bradesco emite comunicado para todos os brasileiros donos de conta-corrente e poupança apareceu primeiro em Monitor do Mercado.