A Receita Federal apreendeu 389 canetas do medicamento Mounjaro, avaliadas em aproximadamente R$ 1 milhão. A retenção aconteceu na madrugada de sábado (13) no Aeroporto Internacional de Recife, Pernambuco.
O Mounjaro é um medicamento utilizado para tratar diabetes e perda de peso. Apesar de ser permitido, a sua venda no Brasil ainda não é regularizada. Na ação, os agentes identificaram um viajante do Reino Unido transportando os itens de forma irregular.
A fiscalização foi realizada no momento da chegada do passageiro, como parte das rotinas de controle aduaneiro.
De acordo com a Receita Federal, a retenção faz parte das atividades “voltadas ao combate aos crimes de contrabando e descaminho, reafirmando o compromisso da instituição com a segurança da sociedade e a legalidade no comércio internacional”.
O órgão fiscalizador reforça que a importação de medicamentos deve seguir rigorosamente a legislação vigente, incluindo a apresentação de documentos específicos, como receita médica e autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), quando aplicável.
Em breve disponível no Brasil
Concorrente do Ozempic (semaglutida), a caneta Mounjaro (tirzepatida), produzida pela farmacêutica Eli Lilly, foi aprovada pela Anvisa em 2023. O medicamento só deve chegar às farmácias brasileiras no começo de junho.
Indicada para o tratamento do diabetes tipo 2, a Mounjaro se destaca por apresentar maior eficácia no controle da glicemia em comparação ao Ozempic. Estudos indicam que a tirzepatida é 47% mais eficaz do que tanto o Ozempic quanto o Wegovy, outro medicamento semelhante.
Quando usada off-label para perda de peso — fora da indicação oficial da bula — a Mounjaro também demonstrou resultados superiores, promovendo um emagrecimento maior do que seus concorrentes.
Na Europa, uma caneta com a dose mínima custa em torno de R$ 1.200. No mercado ilegal brasileiro, esse valor pode ser até quatro vezes maior. Já nas drogarias autorizadas, o preço máximo de venda no país foi fixado em R$ 3.952,37.
