O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, encerrou o pregão de sexta-feira (11) em alta de 1,05%, aos 127.682,40 pontos. O desempenho foi motivado pelo alívio das tensões comerciais entre Estados Unidos e China, que também movimentou o mercado de commodities.
As ações da Petrobras subiram 1,98% (ON) e 1,99% (PN), enquanto a Vale subiu 1,67%, fortalecendo o índice. No setor financeiro, destaque positivo para Bradesco PN (+1,37%) e Itaú PN (+0,51%).
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O mercado internacional deve repercutir nesse início de semana a decisão de Trump de sexta-feira (11) à noite, de suspender tarifas para smartphones, PCs, servidores e outros produtos de tecnologia, favorecendo empresas como Apple, Nvidia, Dell e HP.
O Secretário de Comércio dos EUA disse que as tarifas suspensas são temporárias e novos detalhes sairão esta semana. A China reagiu positivamente, mas cobrou fim completo das tarifas.
A semana será mais curta devido ao feriado da Sexta-Feira Santa, que fecha os mercados também na Europa e nos EUA.
No Brasil, o feriado se estende até a segunda-feira (21) e a semana será de agenda esvaziada, com destaque para a proposta do Orçamento de 2026, que será enviada ao Congresso nesta terça-feira (15).
Com o mercado em cautela sobre o cenário global, o dólar abriu em queda de 0,40%, a R$ 5,84 e o dólar futuro recua 0,39%, a R$ 5,85. Os juros futuros também seguem em queda, enquanto o Ibovespa futuro sobe 0,61%, aos 128.705 pontos.
Manchetes desta manhã
- Guerra tarifária deve criar espaço a têxteis, calçados e vestuários do Brasil (Valor)
- Alta de preços faz 58% comprarem menos comida, diz Datafolha (Folha)
- Juros de títulos públicos batem patamar do governo Dilma (Estadão)
- Focus: Mercado eleva estimativa de alta do PIB em 2025 e mantém projeção do IPCA (Valor)
- Xi quer aproximação entre China e Vietnã para enfrentar guerra comercial (Valor)
Mercado global
As Bolsas da Europa operam em alta, impulsionadas pela isenção de eletrônicos anunciada pelos EUA, com esperanças de que as empresas de tecnologia sejam menos prejudicadas pelas tarifas recíprocas de Trump. No entanto, o presidente dos EUA afirmou que ainda planeja taxas sobre eletrônicos, podendo incluir semicondutores.
Em meio às pressões econômicas, o Banco Central Europeu (BCE) se reúne esta semana para decidir sobre os juros.
Na Ásia, os mercados finalizaram o primeiro pregão da semana em alta, estimulados pela suspensão das tarifas sobre eletrônicos. Ações de tecnologia em Tóquio, como Advantest e TDK tiveram alta de mais de 4%.
Na China, o mercado também foi incentivado pelo aumento nas exportações, ao registrar superávit de US$ 102 bilhões.
Em Nova York, os índices futuros dos EUA abriram em alta com os investidores avaliando as últimas medidas tarifárias anunciadas pelo presidente Donald Trump.
Confira os principais índices do mercado:
• STOXX 600 +2,1%
• FTSE 100 +1,8%
• Nikkei 225 +1,2%
• Shanghai SE Comp. +0,8%
• MSCI EM +1,2%
• Dollar Index -0,2%
• Yield 10 anos -5,9bps a 4,4306%
• Bitcoin +1,4% a US$ 84617,63
Commodities
- Petróleo: sobe com isenções tarifárias e dados da China. O brent/junho sobe 1,24%, a US$ 65,56 e o WTI/maio, avança 1,28%, a US$ 62,29.
- Minério de ferro: fechou em alta de 0,28% em Dalian, na China, cotado a US$ 96,61/ton. Em Singapura, os contratos futuros avançam 0,80%, cotados a US$ 97,90/ton e o mercado à vista sobe 0,30%, cotado a US$ 99,45/ton.
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Cenário internacional
Nos Estados Unidos, a agenda do dia traz o relatório mensal da Opep e discursos dos membros do Federal Reserve (Fed) ao longo do dia, como Thomas Barkin, Christopher Waller e Raphael Bostic.
O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, desembarca hoje em Buenos Aires, no primeiro dia da vigência do novo regime de banda cambial argentino.
Entre outros indicadores econômicos, destaque para os dados de produção industrial e vendas no varejo da China na terça-feira (15), CPI da Zona do Euro e a decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) na quinta-feira (17).
Cenário nacional
No Brasil, a semana inicia com o tradicional Boletim Focus, com aumento da estimativa de alta do PIB em 2025 e preservação da projeção do IPCA.
Na sexta-feira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que a inflação no Brasil deve desacelerar nos próximos meses e que seria natural que o dólar enfraquecesse, mas incerteza é muito alta.
Para esta terça-feira (15) está previsto o envio ao Congresso do Orçamento de 2026, além dos leilões do Tesouro, previsto também para quinta-feira (16).
Entre os compromissos do dia, o presidente Lula tem reuniões com ministros e participa de cerimônia no Rio de Janeiro, às 16h.
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Destaques no mercado corporativo
- Carrefour Brasil: teve alta de 3,6% nas vendas brutas consolidadas de janeiro a março, totalizando R$ 28,8 bilhões.
- EZTec: teve alta de 32% das vendas líquidas no 1º trimestre.
- Petrobras: o Conselho de Administração elegeu Ricardo Wagner de Araújo como diretor de governança e conformidade.
- Iguatemi: vendeu participações no Market Place e Galleria Shopping por R$ 500 milhões.
- Cielo: anunciou nova emissão de R$ 3 bilhões em debêntures.
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