Commodities: Estoques globais de milho caem mais que o esperado

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) reduziu, nesta quarta-feira (10), sua estimativa para os estoques globais de milho, reforçando a tendência de queda na oferta da commodity e pressionando os preços no mercado internacional.

Segundo o novo relatório, os estoques mundiais de milho passaram de 288,9 milhões de toneladas (em março) para 287,7 milhões de toneladas. A expectativa do mercado era de uma leve redução, para 288 milhões.

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Para Guto Gioielli, fundador do Portal das Commodities, a queda reforça uma tendência de retração na oferta global, que pode afetar a precificação internacional do grão, especialmente em um cenário de consumo aquecido e incertezas climáticas em regiões produtoras. Veja a análise abaixo:

Estoques de milho nos EUA também diminuem

Nos Estados Unidos, principal produtor mundial de milho, o estoque doméstico também foi revisto para baixo: caiu de 39,12 milhões para 37,21 milhões de toneladas. O mercado esperava 38,25 milhões de toneladas.

Essa diferença de mais de 1 milhão de toneladas em relação às projeções pode influenciar as decisões de importação e exportação no curto prazo e afetar os contratos futuros negociados nas bolsas de commodities.

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Situação do Brasil

No Brasil, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) revisou para cima sua estimativa de produção de milho na safra 2023/2024. A projeção passou de 113,7 milhões de toneladas (em fevereiro) para 115,9 milhões em abril — aumento de quase 2 milhões de toneladas.

Mesmo com a expectativa de crescimento na colheita, a diferença entre o consumo interno (estimado em 85,9 milhões de toneladas) e os estoques iniciais e finais do ciclo pode deixar os estoques brasileiros em patamar apertado, exigindo atenção dos investidores e do setor produtivo.

Reação do mercado

Com a divulgação dos dados, os contratos futuros de milho reagiram positivamente na B3, a bolsa brasileira. O movimento refletiu tanto a redução dos estoques internacionais quanto a leve recuperação nos preços internos, que vinham sofrendo após a retirada de tarifas de importação no ano passado.

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