Presidente dos EUA acusou Pequim de sempre ter “passado a perna” nos EUA. Governo chinês criticou fala. Nesta quarta, governo chinês também anunciou novo aumento nas tarifas aplicadas a produtos dos EUA. Trump eleva tarifa contra a China para 125% e suspende temporariamente taxas a outros países
‘Vamos passar a perna neles’
Em meio à “guerra” tarifária sem precedentes entre Estados Unidos e China, o presidente dos EUA, Donald Trump, acusou Pequim de “sempre ter passado a perna” nos cidadãos norte-americanos e afirmou que, agora, fará o mesmo.
“Eles sempre nos passaram a perna a torto e a direito. Vamos agora passar a perna neles”, disse Trump durante um jantar do Comitê Nacional Republicano para o Congresso, na noite de terça-feira (8).
A declaração se refere ao aumento da tarifa aplicada pelos EUA a produtos chineses. Mais cedo, também na terça, Washington anunciou que a taxa aos produtos da China passarão a 104%, após Pequim retaliar o “tarifaço” de Trump na semana passada com taxas maiores a produtos norte-americanos.
Nesta quarta-feira, o governo chinês criticou a fala do presidente dos EUA e o acusou de “bullying” e “atos intimidatórios”.
“Os EUA continuam a abusar das tarifas sobre a China. A China se opõe firmemente e jamais aceitará tais atos hegemônicos e de bullying”, disse o ministro das Relações Exteriores chinês.
“Se os EUA realmente desejam abordar as questões por meio do diálogo e da negociação, devem demonstrar uma atitude de igualdade, respeito e benefício mútuo. Se os EUA estiverem determinados a travar uma guerra tarifária e comercial, a China continuará a responder até o fim”.
Mais tarde, Pequim voltou a retaliar os EUA e anunciou um novo aumento de tarifa aos produtos norte-americanos, que agora passaram a ser de 84%.
China ignora ultimato de Trump e promete lutar até o fim
‘Puxando o saco’
Também no jantar de terça-feira, o presidente Donald Trump afirmou que líderes mundiais estão “puxando seu saco” para conseguir negociar as tarifas recíprocas.
“Estou te falando, esses países estão nos ligando, puxando o meu saco. Eles estão doidos para fazer um acordo. ‘Por favor, por favor, senhor, me deixe fazer um acordo'”, disse.
Em inglês, Trump usou a expressão “kissing my ass”, que significa “bajular” e também pode ser traduzida como “puxando o saco”. A tradução literal da expressão é “beijando o meu traseiro”.
Esse novo capítulo do “tarifaço global” dos EUA começou no último dia 2 de abril, quando Trump anunciou taxas de importação sobre 180 países de todo o mundo. As tarifas variam entre 10% e 50%.
As taxas individualizadas começaram a valer à 1h desta quarta (9). No último sábado (5), as tarifas gerais entraram em vigor.
Trump também acusou a China de manipular “a moeda para compensar tarifas”.
“Tem que dar o braço a torcer. Eles estão manipulando a moeda hoje como uma forma de compensar as tarifas”, disse Trump no evento.
Tarifaço afeta, principalmente, a China
Trump diz que ‘tarifaço’ é algo que já deveria ter sido feito
Como a tarifa para a China chegou a 104%:
No início de fevereiro, os EUA aplicaram uma taxa extra de 10% sobre as importações vindas da China, que se somou à tarifa de 10% que já era cobrada do país, chegando a 20%;
Na quarta-feira da semana passada, dia 2 de abril, Trump anunciou seu plano de “tarifas recíprocas” que incluía uma taxa extra de 34% à China, elevando a alíquota sobre os produtos do país asiático a 54%;
Agora, após a retaliação chinesa que também impôs tarifas de 34% sobre os EUA, a Casa Branca confirmou mais 50% em taxas sobre as importações chinesas, deixando a tarifa sobre o país no patamar de 104%.
Trump disse acreditar que a China queira negociar um acordo, mas mesmo assim decidiu manter a retaliação.
O Ministério do Comércio chinês ainda reiterou a promessa da terça de continuar revidando até o fim. “A China tem vontade firme e meios abundantes, e contra-atacará resolutamente até o fim”, disse um porta-voz.
“A China não deseja travar uma guerra comercial, mas o governo chinês jamais ficará de braços cruzados vendo os direitos e interesses legítimos do povo serem prejudicados e violados”.
Tarifas movimentam mercado financeiro
Há dias, o mercado financeiro sofre com a incerteza causada pelo tarifaço.
Nesta quarta, a maioria das bolsas asiáticas fecharam em queda, com exceção da China. Na Europa, o dia também é de baixa generalizada entre as bolsas.
LEIA MAIS
Início do ‘tarifaço’ de Trump derruba bolsas asiáticas, mas China fecha em alta com promessa de retaliação
‘Tarifaço’ de Trump entra em vigor e derruba bolsas da Europa
No início da semana, as bolsas de Nova York fecharam em baixa, com o S&P 500 batendo abaixo de 5.000 pela primeira vez em quase um ano.
Os índices de ações dos EUA viram sua capitalização encolher mais US$ 852 bilhões nesta terça. A perda acumulada já alcança US$ 10,8 trilhões desde 20 de janeiro, dia em que o presidente Donald Trump assumiu a Casa Branca, segundo dados compilados pela consultoria Elos Ayta.
O tombo é puxado pelas sete gigantes da tecnologia: Apple, Microsoft, Nvidia, Amazon, Alphabet (Google), Meta (Facebook) e Tesla.
Juntas, as companhias perderam US$ 320 bilhões só nesta segunda. Desde janeiro, o grupo viu seu valor de mercado encolher US$ 4,55 trilhões.
No Brasil, o Ibovespa, principal índice de ações da bolsa de valores, fechou em queda novamente, aos 123.932 pontos. Já o dólar chegou a bater os R$ 6, mas encerrou a R$ 5,9973.
‘Vamos passar a perna neles’
Em meio à “guerra” tarifária sem precedentes entre Estados Unidos e China, o presidente dos EUA, Donald Trump, acusou Pequim de “sempre ter passado a perna” nos cidadãos norte-americanos e afirmou que, agora, fará o mesmo.
“Eles sempre nos passaram a perna a torto e a direito. Vamos agora passar a perna neles”, disse Trump durante um jantar do Comitê Nacional Republicano para o Congresso, na noite de terça-feira (8).
A declaração se refere ao aumento da tarifa aplicada pelos EUA a produtos chineses. Mais cedo, também na terça, Washington anunciou que a taxa aos produtos da China passarão a 104%, após Pequim retaliar o “tarifaço” de Trump na semana passada com taxas maiores a produtos norte-americanos.
Nesta quarta-feira, o governo chinês criticou a fala do presidente dos EUA e o acusou de “bullying” e “atos intimidatórios”.
“Os EUA continuam a abusar das tarifas sobre a China. A China se opõe firmemente e jamais aceitará tais atos hegemônicos e de bullying”, disse o ministro das Relações Exteriores chinês.
“Se os EUA realmente desejam abordar as questões por meio do diálogo e da negociação, devem demonstrar uma atitude de igualdade, respeito e benefício mútuo. Se os EUA estiverem determinados a travar uma guerra tarifária e comercial, a China continuará a responder até o fim”.
Mais tarde, Pequim voltou a retaliar os EUA e anunciou um novo aumento de tarifa aos produtos norte-americanos, que agora passaram a ser de 84%.
China ignora ultimato de Trump e promete lutar até o fim
‘Puxando o saco’
Também no jantar de terça-feira, o presidente Donald Trump afirmou que líderes mundiais estão “puxando seu saco” para conseguir negociar as tarifas recíprocas.
“Estou te falando, esses países estão nos ligando, puxando o meu saco. Eles estão doidos para fazer um acordo. ‘Por favor, por favor, senhor, me deixe fazer um acordo'”, disse.
Esse novo capítulo do “tarifaço global” dos EUA começou no último dia 2 de abril, quando Trump anunciou taxas de importação sobre 180 países de todo o mundo. As tarifas variam entre 10% e 50%.
As taxas individualizadas começaram a valer à 1h desta quarta (9). No último sábado (5), as tarifas gerais entraram em vigor.
Trump também acusou a China de manipular “a moeda para compensar tarifas”.
“Tem que dar o braço a torcer. Eles estão manipulando a moeda hoje como uma forma de compensar as tarifas”, disse Trump no evento.
Tarifaço afeta, principalmente, a China
Trump diz que ‘tarifaço’ é algo que já deveria ter sido feito
Como a tarifa para a China chegou a 104%:
No início de fevereiro, os EUA aplicaram uma taxa extra de 10% sobre as importações vindas da China, que se somou à tarifa de 10% que já era cobrada do país, chegando a 20%;
Na quarta-feira da semana passada, dia 2 de abril, Trump anunciou seu plano de “tarifas recíprocas” que incluía uma taxa extra de 34% à China, elevando a alíquota sobre os produtos do país asiático a 54%;
Agora, após a retaliação chinesa que também impôs tarifas de 34% sobre os EUA, a Casa Branca confirmou mais 50% em taxas sobre as importações chinesas, deixando a tarifa sobre o país no patamar de 104%.
Trump disse acreditar que a China queira negociar um acordo, mas mesmo assim decidiu manter a retaliação.
O Ministério do Comércio chinês ainda reiterou a promessa da terça de continuar revidando até o fim. “A China tem vontade firme e meios abundantes, e contra-atacará resolutamente até o fim”, disse um porta-voz.
“A China não deseja travar uma guerra comercial, mas o governo chinês jamais ficará de braços cruzados vendo os direitos e interesses legítimos do povo serem prejudicados e violados”.
Tarifas movimentam mercado financeiro
Há dias, o mercado financeiro sofre com a incerteza causada pelo tarifaço.
Nesta quarta, a maioria das bolsas asiáticas fecharam em queda, com exceção da China. Na Europa, o dia também é de baixa generalizada entre as bolsas.
LEIA MAIS
Início do ‘tarifaço’ de Trump derruba bolsas asiáticas, mas China fecha em alta com promessa de retaliação
‘Tarifaço’ de Trump entra em vigor e derruba bolsas da Europa
No início da semana, as bolsas de Nova York fecharam em baixa, com o S&P 500 batendo abaixo de 5.000 pela primeira vez em quase um ano.
Os índices de ações dos EUA viram sua capitalização encolher mais US$ 852 bilhões nesta terça. A perda acumulada já alcança US$ 10,8 trilhões desde 20 de janeiro, dia em que o presidente Donald Trump assumiu a Casa Branca, segundo dados compilados pela consultoria Elos Ayta.
O tombo é puxado pelas sete gigantes da tecnologia: Apple, Microsoft, Nvidia, Amazon, Alphabet (Google), Meta (Facebook) e Tesla.
Juntas, as companhias perderam US$ 320 bilhões só nesta segunda. Desde janeiro, o grupo viu seu valor de mercado encolher US$ 4,55 trilhões.
No Brasil, o Ibovespa, principal índice de ações da bolsa de valores, fechou em queda novamente, aos 123.932 pontos. Já o dólar chegou a bater os R$ 6, mas encerrou a R$ 5,9973.