Marcha em Brasília pede o fim do marco temporal das terras indígenas

Integrantes do Acampamento Terra Livre (ATL) realizaram, nessa terça-feira (8), a marcha do segundo dia da manifestação, com uma réplica da estátua da Justiça sendo levada pelas ruas de Brasília. O ATL, o maior do segmento na América Latina, começou na segunda (7) e segue até sexta-feira (11), no DF.
O ato, segundo o movimento indígena, é para pressionar por celeridade nos processos de demarcação de terras indígenas e pela suspensão da aplicabilidade da lei baseada na tese do marco temporal que diz que os povos indígenas somente podem reivindicar terras que ocupavam ou disputavam até a data da promulgação da Constituição Federal de 1988. “A principal mensagem que nós estamos querendo transmitir aqui é: nós acreditamos na Justiça”, disse Dinaman Tuxá, coordenador da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), que mobiliza o acampamento.
A estátua da Justiça ficou conhecida por ter sido alvo de pichação durante os ataques golpistas do dia 8 de janeiro de 2023. Ela virou símbolo da defesa da anistia pela oposição no Congresso Nacional. Para especialistas, o caso reflete também a maneira como o Judiciário virou alvo político na história recente do país.
“Temos uma estátua na marcha representando a Justiça, o respeito à Constituição Federal e à nossa democracia. Não somos favoráveis à anistia que estão querendo propor no Congresso Nacional”, acrescentou Dinaman Tuxá.

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