STF emite novo aviso para todos que possuem saldo do FGTS na conta

O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) é um direito dos trabalhadores brasileiros, criado para protegê-los em situações de demissão sem justa causa. Recentemente, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu sobre a correção dos saldos do FGTS, uma questão que gerou grande expectativa entre os trabalhadores. A decisão envolveu a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5.090, que questionava a forma de correção dos saldos do FGTS.

Em junho de 2024, o STF determinou que a remuneração do FGTS deve, no mínimo, acompanhar a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). No entanto, a corte rejeitou um recurso que pedia a aplicação retroativa dessa correção, limitando seus efeitos apenas para o futuro. Essa decisão foi um marco importante, pois definiu que o trabalhador não deve ter perdas em relação à inflação.

Qual foi o papel do solidariedade na ação?

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Estátua do STF – Créditos: depositphotos.com / diegograndi

O partido Solidariedade foi o responsável por levar a ADI 5.090 ao STF em 2014. A ação foi motivada por um estudo que apontava perdas significativas no FGTS desde que a Taxa Referencial (TR) passou a ser utilizada para corrigir os saldos, em 1999. O partido argumentava que a TR não refletia a inflação real, resultando em prejuízos para os trabalhadores.

O pedido do Solidariedade era para que a TR fosse considerada inconstitucional e substituída por um índice de inflação, como o INPC ou o IPCA-E. No entanto, o STF não julgou a TR em si, mas sim a remuneração do FGTS como um todo, garantindo que ela acompanhe a inflação. A decisão de não aplicar a correção retroativamente foi baseada na necessidade de manter a estabilidade econômica e financeira do fundo.

Por que a TR não foi considerada inconstitucional?

A TR é amplamente utilizada em contratos de financiamento imobiliário, e sua inconstitucionalidade poderia ter impactos negativos no mercado imobiliário, especialmente para trabalhadores de baixa renda. O STF, portanto, optou por não derrubar a TR, mas sim garantir que a remuneração do FGTS não seja inferior à inflação.

Além disso, a decisão de manter a TR foi apoiada pela proposta do governo de garantir uma correção mínima de 3% ao ano, além do pagamento do lucro do fundo. Essa medida visa assegurar que os trabalhadores não sofram perdas em relação à inflação, mesmo que a TR continue a ser utilizada.

O que significa a decisão do STF para os trabalhadores?

A decisão do STF traz segurança para os trabalhadores, garantindo que seus saldos no FGTS não percam valor em relação à inflação. Embora a correção não seja retroativa, a decisão assegura que, daqui para frente, os saldos do FGTS sejam corrigidos de forma justa.

O Conselho Curador do FGTS tem a responsabilidade de garantir que a remuneração mínima seja atingida, ajustando a forma de correção conforme necessário. Isso significa que os trabalhadores podem ter mais confiança na proteção de seus direitos e na valorização de seus saldos no FGTS.

Quais são os próximos passos para a revisão do FGTS?

Embora a decisão do STF seja definitiva em relação à correção futura do FGTS, ainda existem recursos que podem ser apresentados dentro do regimento interno do tribunal. No entanto, é improvável que a decisão seja alterada, já que o julgamento foi amplamente apoiado pelos ministros.

Os trabalhadores que entraram com ações judiciais questionando a TR ainda têm a expectativa de que seus saldos passados sejam corrigidos. No entanto, essa questão dependerá de futuras decisões judiciais e da atuação do Conselho Curador do FGTS, que deve avaliar a sustentabilidade do fundo e definir eventuais ajustes necessários.

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