Mercados de Ações Europeu afundam com temor de recessão e tarifas de Trump

O Mercados de Ações Europeu afundam nesta segunda-feira (7), em meio à intensificação das tensões comerciais globais e ao aumento dos temores de uma nova recessão. As principais bolsas do continente registraram quedas expressivas, acompanhando o movimento de aversão ao risco nos mercados internacionais.

Por volta das 04h40 (ET), o índice alemão DAX despencava 6,8%, uma queda de quase 1.500 pontos. Na França, o CAC 40 recuava 5,8%, enquanto o FTSE 100 do Reino Unido caía 5,1%. O pan-europeu STOXX 600 desabava 5,7%, caminhando para sua maior queda percentual desde o início da pandemia de Covid-19.

Tarifações de Trump ampliam crise

O ambiente negativo foi alimentado pela postura firme do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que reforçou no domingo (6) que as tarifas comerciais contra China e União Europeia vieram para ficar. “As tarifas são a única forma de corrigir nossos déficits comerciais”, declarou.

A China respondeu na sexta-feira com tarifas adicionais de 34% sobre todos os produtos americanos. A União Europeia também está avaliando medidas retaliatórias, incluindo taxas sobre cerca de US$ 28 bilhões em bens dos EUA.

As novas tensões aumentaram o risco de uma guerra comercial prolongada, com efeitos significativos sobre a atividade econômica global. O Goldman Sachs elevou sua projeção de probabilidade de recessão nos EUA em 2025 de 35% para 45%, enquanto o JPMorgan agora vê 60% de chance de uma recessão global.

Bancos europeus entram em mercado de baixa

O setor bancário foi um dos mais afetados. O índice Stoxx 600 Banks caiu mais de 8%, entrando oficialmente em mercado de baixa, com queda superior a 20% desde o pico recente. Entre os destaques negativos:

  • Commerzbank e Deutsche Bank: quedas superiores a 10%
  • Santander: queda superior a 6%
  • Societe Generale e Credit Agricole: perdas expressivas
  • HSBC: recuo de mais de 5% em Londres, após queda de 15% em Hong Kong

O temor é de que o aumento das tarifas afete diretamente a confiança do consumidor, reduza a demanda por crédito e inviabilize novas fusões e aquisições, atividades essenciais para a rentabilidade dos bancos.

Outro fator de pressão veio da Alemanha. Dados divulgados nesta segunda-feira mostraram que a produção industrial do país caiu 1,3% em fevereiro, contra expectativa de retração de 0,9%. O setor manufatureiro já enfrenta dificuldades há meses, e a escalada das tensões comerciais tende a agravar o quadro.

Petróleo recua para mínima de quatro anos

Os preços do petróleo também despencaram, refletindo as expectativas de menor demanda global. O Brent recuava 3,5%, para US$ 63,30 o barril, enquanto o WTI caía 3,7%, a US$ 59,72, menor nível desde abril de 2021.

A queda também foi influenciada pela decisão de membros da OPEP+ de acelerar o aumento da produção, elevando a oferta global em um momento de demanda incerta.

O colapso no Mercados de Ações Europeu afundam os índices com mais de 5% de queda, evidenciando a fragilidade da economia continental frente ao novo capítulo da guerra comercial global. A combinação de dados fracos, tensões tarifárias e aversão ao risco sugere que a volatilidade deve continuar elevada nos próximos dias.

Investidores permanecem atentos às ações da União Europeia e à possibilidade de novos pacotes de estímulo por parte dos bancos centrais, na tentativa de evitar uma crise sistêmica.

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