A palavra “recessão” voltou com força ao centro das atenções. E se você investe, acompanha economia ou simplesmente se preocupa com o futuro do seu bolso, essa é uma conversa que precisamos ter. De acordo com o JPMorgan, um dos maiores bancos do mundo, o risco de uma recessão global aumentou significativamente — e o gatilho tem nome e sobrenome: Donald Trump.
O que mudou no cenário?
Nesta quinta-feira (3), o JPMorgan divulgou uma nota para seus clientes elevando a probabilidade de uma recessão global de 40% para 60%. Isso não é pouca coisa. Estamos falando de um salto de 20 pontos percentuais em um curto espaço de tempo, provocado por uma decisão que impacta diretamente o comércio internacional.
Trump anunciou um novo pacote de tarifas: uma sobretaxa de 10% para todos os bens importados pelos EUA, com tarifas ainda mais altas para 60 países com déficit comercial persistente com os americanos. China, Japão, países da União Europeia, Canadá e até regiões remotas estão na lista.
Agora, pare para pensar: como o mundo gira em torno do comércio, esse tipo de medida cria ondas que se espalham — e afetam todos nós.
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Mas o que isso tem a ver com o seu dia a dia?
Muita coisa. Quando os Estados Unidos — a maior economia do planeta — decidem encarecer a entrada de produtos estrangeiros, isso mexe com toda a cadeia global. Os custos aumentam para empresas e consumidores. E adivinha quem acaba pagando essa conta?
O próprio JPMorgan comparou o impacto das tarifas ao maior aumento de impostos desde a Segunda Guerra Mundial. É como se os lares e empresas americanas tivessem sofrido uma elevação repentina na carga tributária, equivalente a 2,4% do PIB dos EUA. Traduzindo: tudo fica mais caro — do café e açúcar ao carro e à geladeira.
Reação em cadeia: como o mundo pode responder
O maior receio, segundo os analistas do banco, é que outros países respondam com represálias comerciais. E a história mostra que guerras tarifárias não costumam acabar bem. Se isso acontecer, a confiança de empresários e investidores tende a desabar. As cadeias globais de suprimento se desorganizam. E quando empresas param de investir e consumidores apertam o cinto, a economia encolhe.
Essa combinação forma o terreno perfeito para uma recessão — que, neste caso, pode deixar de ser apenas americana e se tornar global.
Ainda há esperança?
Sim, e é importante deixar isso claro. Os próprios economistas do JPMorgan ressaltam que a recessão não é inevitável. Existe a possibilidade de que as tarifas sejam revistas ou moderadas nas próximas semanas, seja por pressão do mercado, dos aliados ou mesmo por novas negociações políticas.
Mas o alerta está feito: se as medidas forem implementadas na íntegra, o impacto será grande demais para ser ignorado.
O que o investidor deve observar agora?
Se você investe ou pretende investir, é hora de redobrar a atenção. Fique de olho e
- Decisões da Casa Branca nas próximas semanas
- Reações de países como China, Alemanha e Brasil
- Relatórios econômicos sobre inflação e consumo
- Movimentos das bolsas e câmbio, que tendem a oscilar com essas incertezas
Além disso, diversificação segue sendo a palavra de ordem. Em tempos turbulentos, proteger o patrimônio exige estratégia, sangue frio e informação de qualidade.
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Estamos em um ponto de inflexão
A projeção de recessão global feita pelo JPMorgan é um sinal claro de que o mundo está diante de uma encruzilhada. A decisão de Trump sobre tarifas tem potencial para reorganizar as engrenagens do comércio internacional. E o efeito disso vai muito além das manchetes.
Neste momento, mais do que alarmar, o objetivo é informar — com clareza, com dados e com responsabilidade. Acompanhar de perto os desdobramentos, entender os riscos e agir com estratégia é o que vai diferenciar quem navega por essa maré de incertezas com segurança.
Fique por perto. Vamos seguir monitorando e explicando cada passo.
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