O Banco Central Europeu (BCE) afirmou que as tarifas impostas pelos Estados Unidos e as medidas de retaliação da União Europeia podem gerar pressões inflacionárias no curto prazo na região. A avaliação foi divulgada nesta quinta-feira (3) na ata da última reunião de política monetária do bloco.
No documento, o BCE destaca que as incertezas sobre o comércio global exigem cautela na condução da política monetária e na comunicação com os mercados. Apesar disso, o banco reforçou que ainda considera possíveis cortes ou pausas nos juros na reunião de abril, dependendo dos próximos dados econômicos.
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Taxas de juros e política fiscal
A ata também menciona que a política fiscal expansionista, impulsionada por gastos com defesa e outras áreas, pode elevar as taxas de juros reais e aumentar de forma persistente a taxa de juro neutra — nível em que a economia cresce sem gerar inflação.
O BCE reiterou sua determinação em garantir que a inflação da zona do euro se estabilize na meta de 2% no médio prazo. No entanto, indicou que ainda não está claro se a política monetária atual segue restritiva o suficiente para conter os preços.
Reação das bolsas europeias após tarifas de Trump
Momentos após a divulgação da ata nesta quinta-feira, o euro ampliou ganhos ante o dólar, subindo para US$ 1,1070. Antes do documento, a moeda era negociada a US$ 1,1057. Já as bolsas europeias aceleraram perdas: Londres caiu 1,59%, Paris recuou 2,86% e Frankfurt perdeu 2,33%.
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Confira o desempenho das principais bolsas europeias, às 11h30 (horário de Brasília):
- DAX (Frankfurt): -2,68% (21.775 pontos)
- FTSE 100 (Londres): -1,45% (8.483 pontos)
- CAC 40 (Paris): -3,13% (7.612 pontos)
- FTSE MIB (Milão): -3,22% (37.216 pontos)
- Stoxx 600: -2,44% (523,82 pontos)
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