Câmbio: Dólar cai com sinais de desaceleração nos EUA

O dólar fechou esta terça-feira (1) em queda de 0,40%, a R$ 5,68, voltando a ficar abaixo de R$ 5,70 pela primeira vez desde 20 de março. Em 2025, a moeda americana acumula uma desvalorização de 8,05% frente ao real.

O movimento de queda do dólar foi influenciado por indicadores econômicos dos Estados Unidos que reforçam sinais de desaceleração da economia americana. O índice de atividade industrial (PMI) do Instituto para Gestão da Oferta (ISM) caiu de 50 em fevereiro para 49 em março, abaixo da expectativa de 49,5.

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Outro dado relevante foi o Relatório Jolts, que mostrou uma queda na abertura de vagas de trabalho para 7,568 milhões em fevereiro, abaixo da previsão de 7,65 milhões.

Os investidores agora aguardam o payroll, relatório oficial de empregos, que será divulgado na sexta-feira (4) e pode trazer mais pistas sobre a direção da economia americana.

Expectativa de cortes nos juros

Com a economia dos EUA dando sinais de desaceleração, analistas avaliam que o Federal Reserve (Fed) pode cumprir sua previsão de realizar dois cortes na taxa de juros ainda este ano. Taxas de juros mais baixas nos EUA tornam o dólar menos atrativo para investidores, beneficiando moedas emergentes, como o real.

Em entrevista ao Estadão Broadcast, o sócio e diretor da MAG Investimentos, Claudio Pires, destacou que a política tarifária do presidente Donald Trump tende a resultar em menor crescimento econômico e uma inflação transitória.

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“Isso gera um cenário de dólar mais fraco, com taxas dos Treasuries (títulos do governo americano) em queda e moedas emergentes se valorizando”, afirmou.

Riscos para o real

Apesar da queda do dólar, o real teve um desempenho inferior ao de outras moedas latino-americanas, como os pesos mexicano e chileno. O índice DXY, que mede a força do dólar frente a uma cesta de seis moedas fortes, ficou praticamente estável.

Um dos riscos para o mercado cambial é a possibilidade de uma recessão global, caso a guerra comercial dos EUA impacte ainda mais as cadeias de produção. Segundo Pires, esse cenário poderia provocar um movimento de aversão ao risco, resultando em uma nova valorização do dólar.

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