Mercados globais aguardam tarifas de Trump com cautela

Os mercados globais iniciaram a semana em meio as incertezas sobre as tarifas comerciais dos Estados Unidos de Donald Trump, que estão previstas para entrar em vigor na próxima quarta-feira (2) e a divulgação de indicadores econômicos no Brasil e no exterior.

O Ibovespa fechou a última semana com queda de 0,33%, enquanto o S&P 500 recuou 1,53%. O dólar subiu 0,43%, encerrando em R$ 5,76, impulsionado pela busca por ativos considerados mais seguros, como os títulos do Tesouro americano (Treasuries).

Na análise de Vinicius Kendi, operador de Renda Variável da Wiser Investimentos | BTG Pactual, no novo episódio do podcast Perspectivas da Semana, a principal preocupação dos investidores é o impacto das possíveis tarifas de Trump. Veja a análise na íntegra abaixo:

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Além da preocupação pelas tarifas de Trump, nos Estados Unidos, o mercado também monitora a trajetória da taxa de juros. A expectativa majoritária é de manutenção dos juros na próxima reunião do Federal Reserve, mas as projeções indicam um corte em julho.

Essa perspectiva tem oscilado conforme surgem novos dados econômicos, como os de emprego, que serão divulgados ao longo da semana.

Dados econômicos no Brasil e nos EUA

Na última sexta-feira (28), no Brasil, os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) mostraram um mercado de trabalho aquecido, o que influenciou a curva de juros. O rendimento dos contratos futuros de juros de longo prazo subiu, com a taxa do DI para 2025 chegando a 15,65%.

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Nesta segunda-feira, o Relatório Focus manteve a projeção do IPCA para 2025 em 5,65% e para 2026 em 4,5%. O PIB para 2025 caiu ligeiramente de 1,98% para 1,97%, enquanto a projeção para 2026 permaneceu em 1,6%. O câmbio estimado para o próximo ano recuou de R$ 5,95 para R$ 5,92.

Nos Estados Unidos, os investidores aguardam os dados de empregos do JOLTS na terça-feira (1), seguidos pelos dados de emprego na quarta (2) e pelo payroll na sexta (4).

O payroll mede a criação de empregos no setor não agrícola dos EUA e é um dos indicadores mais acompanhados pelo mercado, pois pode influenciar a política monetária do Federal Reserve.

Expectativas para os juros

As projeções indicam que a taxa de juros dos EUA deve permanecer entre 4,25% e 4,50% na próxima reunião do Fed, em maio. No entanto, aumentou a probabilidade de um corte de 0,25 ponto percentual na reunião de julho, trazendo a taxa para o intervalo de 4% a 4,25%.

Até o final do ano, o mercado precifica a possibilidade de que os juros americanos cheguem a um patamar entre 3,50% e 3,75%.

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No Brasil, a Selic deve seguir em queda, mas a alta na expectativa das taxas de juros mais longas reflete um cenário de maior cautela entre os investidores. A divulgação da relação dívida/PIB do Brasil, esperada para esta semana, também poderá influenciar o comportamento do mercado.

A volatilidade deve se manter elevada nos próximos dias, com os investidores ajustando suas posições conforme os dados econômicos e as decisões de política comercial nos Estados Unidos.

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