Dentre a bateria de resultados do quarto trimestre de 2024 que já foram divulgadas, quero destacar sete empresas que me chamaram atenção. Visto que a maioria tem vindo forte, vamos comentar mais os destaques positivos:
Vamos ( VAMO3)
AA empresa do grupo Simpar divulgou seu primeiro resultado após a decisão das entregas para a Automob.
No geral, os números vieram em linha com as expectativas, embora alguns pontos tenham sido interessantes. Agora, com o foco exclusivo na atividade de locação – que é, de fato, o grande diferencial da empresa –, o mercado deve passar a enxergar com mais clareza o potencial do modelo de negócio

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A ação segue negociando um múltiplo atrativo, estimado em cerca de 7x os lucros atrativos para 2025.
Vivara (VIVA3)
Não poderia deixar de citar a Vivara que entregou mais um resultado forte com crescimento de receitas, lucros e margem. Mas esse resultado já foi tema de post por aqui. Para quem quiser, o link está aqui.
Assaí (ASAI3)
Na minha visão, o Assaí apresentou o melhor conjunto de resultados entre as varejistas de alimentos. Os principais destaques foram a melhoria na lucratividade e a redução do endividamento.
O EBITDA ajustado (pós-IFRS16) atingiu R$ 1,63 bilhão, representando um crescimento de 14% em relação ao ano anterior. A margem EBITDA ficou em 8,1%, avançando 30bps na comparação anual e 40bps acima da expectativa do BTG.
Segundo o BTG, a ação pode estar negociando a 4,8x o lucro estimado para 2026. Embora eu considere essa projeção um tanto otimista, concordo que o papel segue descontado.
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C&A (CEAB3)
No varejo de vestuário, a C&A segue surpreendendo positivamente, entregando mais um trimestre sólido, enquanto Renner e Azza ainda enfrentam desafios momentâneos.
Já faz algum tempo que a empresa demonstra um forte impulso operacional, e isso não passou despercebido. Alguns analistas já poderiam começar a argumentar que, em vez de ser negociada com desconto, a C&A até merecer um prêmio em relação às queridinhas do setor.
Cyrela (CYRE3)
A Cyrela deu uma verdadeira aula para seus concorrentes neste trimestre. Com um crescimento expressivo na receita e um aumento impressionante de 98% no lucro por ação (LPA) ano contra ano, a empresa mostrou eficiência ao reduzir despesas e alcançar um ROE de 23%.
“Apesar de um cenário macroeconômico desfavorável, marcado por variações nas expectativas e nos preços dos ativos no segundo semestre, a companhia apresentou crescimento nos lançamentos, resiliência nas vendas e nas margens, além de geração de caixa”, descreveu a administração.
Atualmente, está sendo negociado cerca de 5 vezes o lucro projetado para este ano. Em um cenário de mercado mais favorável, não seria surpresa vê-la sendo precificada nas próximas 10 vezes o lucro.
Destaques negativos:
Dexxos (DEXP3)
Uma das poucas empresas que enganaram foi a Dexxos. O EBITDA e o lucro ficaram abaixo das expectativas. Segundo a empresa, o desempenho mais fraco do GPC (químicos), devido a um mix de produtos menos favorável, pressionou as margens no trimestre. Continua sendo uma boa empresa que passou por um processo de reestruturação bem sucedido, mas que enfrenta um momento um pouco desafiador.
Hapvida (HAPV3)
A Hapvida entregou mais um resultado abaixo do esperado, impactado por provisões para contingências judiciais e um aumento nas despesas financeiras líquidas. O lucro veio líquido pressionado, reforçando a sequência de trimestres desafiadores para a empresa.
Mesmo assim, a ação disparou após a notícia de que um gestor da Squadra está comprando papéis da companhia. A aposta parece estar na recuperação futura, já que os números recentes ainda mostram um cenário difícil.
Com essa observação vale lembrar que o que vai mover os preços daqui pra frente são as expectativas para os próximos resultados e não o que já passou. Até por isso algumas empresas que apresentaram números fracos têm subido após uma divulgação que consegue dar esperanças de ventos melhores para o próximo trimestre.
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