PGR pede arquivamento de investigação sobre dados falsos no cartão de vacina de Bolsonaro


Segundo o procurador-geral da República, Paulo Gonet, não há provas suficientes de que Bolsonaro tenha pedido ao ex-ajudante de ordens Mauro Cid para fraudar os dados no Ministério da Saúde. PGR pede ao STF arquivamento da investigação sobre inserção de dados falsos em cartão de vacina do ex-presidente Bolsonaro
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, pediu o arquivamento da investigação sobre dados falsos no cartão de vacina da Covid do ex-presidente Jair Bolsonaro.
De acordo com o procurador-geral da República, Paulo Gonet, embora o ex-ajudante de ordens Mauro Cid tenha afirmado em delação premiada que agiu a mando de Jair Bolsonaro para falsificar o cartão, a versão não foi confirmada por outras provas, como exige a lei. Gonet afirmou que não há provas suficientes de que Bolsonaro tenha efetivamente pedido a Mauro Cid que incluísse os dados falsos de vacinação no sistema do Ministério da Saúde. Segundo o procurador: “Somente o colaborador afirmou que o presidente lhe determinara a realização do ato”.
“Com relação especificamente a Jair Bolsonaro, foi inserido, em 21.12.2022, dado ideologicamente falso sobre a sua imunização e de filha menor no sistema do Ministério da Saúde. As informações foram excluídas do sistema menos de uma semana depois, em 27.12.2022”. Segundo o procurador, “não há indício de que o certificado haja sido utilizado, tendo sido dito que fora inutilizado pouco depois de impresso”.
PGR pede arquivamento de investigação sobre dados falsos no cartão de vacina de Bolsonaro
Jornal Nacional/ Reprodução
O procurador-geral pediu o arquivamento em relação a outro investigado, o deputado federal Gutemberg Reis, do MDB, que também teria tido o cartão fraudado. Mas Gonet entendeu que, mais uma vez, não havia provas.
Agora, cabe ao STF – Supremo Tribunal Federal decidir se arquiva ou não o caso. A decisão não invalida a delação de Mauro Cid. As informações do acordo foram usadas, por exemplo, na denúncia da tentativa de golpe de Estado que tornou Jair Bolsonaro réu.
O advogado Paulo Cunha Bueno, que defende Jair Bolsonaro no caso do cartão de vacina, afirmou nas redes sociais que o pedido de arquivamento era a única providência adequada em uma investigação vazia de qualquer elemento e que espera que as demais investigações tenham o mesmo destino.
A defesa de Gutemberg Reis ainda não se manifestou publicamente.
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