O Resultado 4T24 da Americanas reflete uma guinada estratégica na companhia, ainda em processo de recuperação judicial. Após um 2023 turbulento, marcado por escândalos contábeis e forte queda no desempenho, a empresa começa a dar sinais claros de retomada operacional e financeira.
O lucro líquido consolidado do ano foi de R$ 8,2 bilhões — um marco para a Americanas. Esse resultado, fortemente impulsionado por efeitos extraordinários como a novação de dívidas com “haircuts”, vem acompanhado de melhorias operacionais concretas no varejo físico e maior eficiência nos custos da operação.
Varejo físico se consolida como pilar de crescimento
Um dos destaques no Resultado 4T24 da Americanas foi a performance do varejo físico. O GMV do segmento cresceu 7,1% no trimestre, atingindo R$ 5,1 bilhões e representando 79% do total do GMV — contra 72% no 4T23. A estratégia de reduzir exposição ao digital de baixo retorno e fortalecer o canal físico começa a mostrar frutos.
Eventos como a Black Friday e o Natal contribuíram para esse bom desempenho. A empresa cresceu 15% em vendas no conceito “mesmas lojas”, com categorias de maior margem expandindo até 30%.
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Digital em transição e foco no físico
O Resultado 4T24 da Americanas também reflete uma queda expressiva no digital, com retração de 47% no GMV. No acumulado de 2024, a queda foi de 48,9%, alinhada à estratégia de abandonar o 1P digital com alto risco financeiro. O marketplace passa por redesenho, focando no modelo O2O (online to offline), que integra a experiência entre canais.
Apesar da queda, o varejo físico compensou com margens melhores e maior rentabilidade, alinhado à proposta de valor mais resiliente.
Receita, lucro e eficiência operacional em alta
A receita líquida do 4T24 foi de R$ 4,3 bilhões, uma queda de 4,5% frente ao mesmo período do ano anterior. No entanto, a margem bruta cresceu para 32,3% no acumulado de 2024, contra 28,4% em 2023. Esse avanço de 3,9 pontos percentuais é resultado da melhor gestão de sortimento e reposicionamento de categorias.
O EBITDA ajustado do Resultado 4T24 da Americanas foi de R$ 180 milhões no trimestre, revertendo o prejuízo de R$ 1,2 bilhão do 4T23. No ano, o EBITDA ajustado acumulado foi de R$ 947 milhões.
Redução de lojas e readequação estratégica
Durante o ano, a companhia encerrou 92 lojas com baixa viabilidade, reduzindo sua área total em 4,3%. Essa decisão impacta positivamente na produtividade por metro quadrado. Além disso, a Americanas iniciou testes para otimizar o layout das lojas, com foco na conversão e sortimento eficiente.
A abertura de novas lojas, como a unidade em Eusébio (CE), mostra o foco em regiões estratégicas e de alto potencial.
Endividamento reduzido e patrimônio líquido positivo
A dívida bruta da companhia caiu de R$ 39,4 bilhões para apenas R$ 1,78 bilhão em 2024, reflexo da reestruturação dentro do Plano de Recuperação Judicial. O caixa e equivalentes somam R$ 2,7 bilhões, garantindo liquidez. O patrimônio líquido, que era negativo em 2023, passou a ser positivo em R$ 5 bilhões.
O Resultado 4T24 da Americanas mostra que a empresa encerrou o ano com um caixa líquido de R$ 962 milhões, ou R$ 913 milhões considerando a operação de risco sacado.
Expectativas para 2025
Com os pilares da recuperação financeira consolidados, o foco agora é acelerar a implementação de novos canais digitais, ampliar a fidelização de clientes e reforçar o ecossistema de serviços financeiros. O Resultado 4T24 da Americanas dá respaldo para novos ciclos de crescimento, com o físico como centro da estratégia.
A grande pergunta que fica é: a Americanas manterá o ritmo de recuperação em 2025, diante de um ambiente macroeconômico mais desafiador? Investidores e analistas devem acompanhar de perto os próximos movimentos.
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Resultado 4T24 da Americanas
O Resultado 4T24 da Americanas representa um avanço expressivo em sua reestruturação. O lucro bilionário no ano, fortalecimento do varejo físico e saneamento da dívida reforçam que a companhia está no caminho certo.
Ainda há desafios — especialmente no ambiente macro e na reconfiguração do digital —, mas o sinal dado aos investidores é claro: a Americanas voltou ao jogo e começa 2025 com bases sólidas para crescer de forma sustentável.
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