BrasilAgro (AGRO3) aposta na valorização de terras para ampliar retornos

A BrasilAgro (AGRO3) tem adotado um modelo de negócios que combina produção agrícola com valorização imobiliária para gerar retornos aos acionistas.

A empresa cultiva commodities como soja, milho e algodão, enquanto compra, desenvolve e vende terras, buscando capturar ganhos acima da média do setor agrícola.

Em entrevista ao podcast Valores, apresentado por Renato Fazzolino, a head de Relações com Investidores da BrasilAgro, Ana Paula Zerbinati, explicou que a produção agrícola garante estabilidade financeira e fluxo de caixa recorrente. Já o segmento imobiliário, ao transformar áreas de menor produtividade em terras de alto valor, oferece retornos mais elevados no longo prazo. Confira o episódio na íntegra abaixo:

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Impacto da sazonalidade nos resultados financeiros da BrasilAgro

Os resultados da BrasilAgro são influenciados pelo ciclo de plantio e colheita. Os custos de produção são concentrados no início do ano, enquanto as receitas vêm após a colheita, meses depois.

Por isso, Ana Paula enfatiza que análises anuais são mais indicadas que as trimestrais para avaliar seu desempenho.

Além disso, a BrasilAgro utiliza contratos futuros para minimizar riscos de volatilidade nos preços das commodities, protegendo sua rentabilidade.

Com essa estratégia, a companhia busca equilibrar ganhos imobiliários de longo prazo com a estabilidade da produção agrícola, garantindo previsibilidade para investidores e acionistas.

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Dualidade do negócio

Durante a entrevista, a head de RI da BrasilAgro destacou que, enquanto a produção agrícola pode gerar retornos médios de 5% a 6% ao ano, a valorização da terra pode alcançar taxas superiores a 15% ou 20%.

O processo envolve a conversão de áreas menos produtivas, como pastagens, em terras voltadas para grãos, agregando valor à propriedade antes da venda.

No entanto, a comercialização de terras não ocorre de forma previsível, o que pode gerar volatilidade nos resultados. Para reduzir esse impacto, a BrasilAgro mantém parte de suas operações em áreas arrendadas, que garantem receita recorrente.

Fatores que influenciam o preço da terra

O valor das propriedades rurais é definido por múltiplos do valor de arrendamento, que variam conforme a produtividade da área. Terras aptas para culturas de maior valor, como algodão e cana-de-açúcar, tendem a ser mais valorizadas. Outros fatores, como infraestrutura, disponibilidade de água e acesso a energia elétrica, também influenciam os preços.

A empresa investe na melhoria das condições logísticas e na implementação de projetos de irrigação para aumentar a produtividade. Em um projeto na Bahia, por exemplo, a BrasilAgro e produtores locais construíram uma rede elétrica para viabilizar um sistema de irrigação em larga escala, ampliando o potencial agrícola da região.

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Soja lidera entre as commodities da BrasilAgro

A soja é a principal cultura da Brasil Agro, representando cerca de 70% da área de grãos, seguida pelo milho, com 30%. A empresa opta por essa distribuição devido à importância da soja na maturação do solo e à sua maior previsibilidade de preço no mercado futuro.

O milho, por sua vez, tem maior peso no mercado interno e não conta com um sistema de hedge tão estruturado como o da soja. Além dessas culturas, a Brasil Agro tem expandido sua atuação no algodão e no feijão tipo exportação, chamado de “pulses”, com vendas diretas para a Índia.

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