
Nota: Esta matéria foi originalmente publicada em 2012 e pode conter informações desatualizadas.
Alunos de escolas públicas e particulares já podem se inscrever para a 6ª edição da Mostra de Foguetes (Mofog), um evento científico que desafia estudantes a construírem e lançarem foguetes feitos com materiais simples, como garrafas PET e canudos de refrigerante. O objetivo é fazer com que os foguetes alcancem a maior distância possível, promovendo aprendizado na prática.
Organizada pela Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA), a Mofog é voltada para alunos do ensino fundamental e médio. Para participar, as escolas devem primeiramente realizar o cadastro no site oficial da OBA (www.oba.org.br).
Como funciona a Mofog
A competição ocorre dentro das próprias escolas e é dividida em quatro categorias. Os participantes podem competir de forma individual ou em grupos, sem um limite mínimo ou máximo de integrantes. Após o dia 11 de maio, as escolas deverão enviar os nomes dos alunos participantes e as distâncias atingidas por seus foguetes. Todos os envolvidos, incluindo professores e diretores, receberão certificados, e os alunos com melhor desempenho ganharão medalhas.
Os alunos do ensino fundamental serão divididos em dois níveis: os do 1º ao 5º ano deverão construir foguetes utilizando canudos de refrigerante, enquanto os do 6º ao 9º ano usarão tubos de papel. Ambos os modelos funcionarão com base no princípio da impulsão. Já os estudantes do ensino médio precisarão desenvolver foguetes feitos de garrafas PET, utilizando um sistema de propulsão mais complexo, baseado na reação química entre vinagre e bicarbonato de sódio.
Os foguetes serão avaliados conforme a distância percorrida entre a base de lançamento e o ponto de impacto. Os relatórios das atividades, incluindo descrições dos projetos e fotos ou vídeos, devem ser enviados junto com as provas da OBA.
Premiação e oportunidades
Os estudantes do ensino médio que se destacarem na Mostra de Foguetes serão convidados para a 4ª Jornada de Foguetes. Durante o evento, os participantes apresentarão seus projetos a uma comissão julgadora e lançarão seus foguetes. Os melhores receberão troféus, materiais didáticos e até mesmo bolsas de Iniciação Científica Júnior com duração de um ano.
Experiência no Mato Grosso do Sul
No ano anterior, a Escola Estadual João Vitorino Marques, localizada no município de Aral Moreira, organizou a terceira edição da Olimpíada de Lançamento de Foguetes Caseiros. O evento foi realizado no Campo Municipal e contou com equipes de estudantes do ensino médio, que tiveram a missão de construir e lançar foguetes feitos com garrafas PET.
A competição permitiu que os alunos colocassem em prática princípios fundamentais da física, como a Terceira Lei de Newton (Ação e Reação), o Teorema do Impulso e a Quantidade de Movimento. Antes dos lançamentos, os estudantes participaram de aulas teóricas sobre os conceitos envolvidos.
O objetivo do evento é despertar o interesse pela astronomia e pelas ciências exatas, estimulando a criatividade, o raciocínio lógico e o trabalho em equipe. A iniciativa também busca complementar os conteúdos escolares por meio da experimentação lúdica e interativa.
Uma das inovações apresentadas na edição anterior foi o lançamento de foguetes equipados com paraquedas e a utilização de diferentes misturas para o propulsor, como bicarbonato de sódio e vinagre. Os professores Djalma Santos Silva e Emerson Macedo dos Santos foram os idealizadores do projeto, que continua inspirando novos talentos da ciência e da engenharia aeroespacial.