Morning Call: Expectativa por tarifas de Trump segue no centro das atenções

O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, voltou a subir nesta terça-feira (25) com alta de 0,57%, aos 132.067 pontos. Durante a sessão, o índice chegou a renovar a máxima do ano, impulsionado pela expectativa de desaceleração dos juros após a divulgação da ata do Comitê de Política Monetária (Copom).

Na semana, o Ibovespa acumula leve queda de 0,21%, enquanto no mês e no ano os ganhos são de 7,55% e 9,80%, respectivamente.

Enquanto a Bolsa brasileira toca na máxima do ano, o dólar circula próximo das mínimas. Ontem, a moeda norte-americana voltou a recuar, caindo 0,75% aos R$ 5,71. Ao longo da sessão, a queda chegou a superar 1%.

No mercado internacional, os investidores seguem de olho nas tarifas comerciais de Donald Trump, que estão marcadas para entrar em vigor na próxima quarta-feira (2). O presidente norte-americano classificou a data como o “Dia da Libertação dos Estados Unidos”.

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Analistas do Goldman Sachs alertam para a possibilidade de que as tarifas recíprocas tenham uma alíquota inicial que pode chegar próximo de 20%.

Segundo o Financial Times, Trump pretende implementar as tarifas em duas etapas: tarifas recíprocas imediatas e um sistema com potencial de tarifas maiores de até 50%.

No Brasil, o mercado segue de olho nos próximos passos do Copom. A ata da última reunião revelou que o colegiado está decidido a aplicar um reajuste menor no próximo encontro, após três aumentos de 1%.

O cenário político e fiscal também está agitado no país, com o mercado atento às medidas de estímulo à economia. O novo crédito consignado privado já colocou R$ 340,327 milhões em concessões até esta terça-feira.

Manchetes desta manhã

  • Bolsonaro pode virar réu: como será o 2º dia de debates sobre denúncia por tentativa de golpe (O Globo)
  • Frango faz lucro líquido da JBS disparar em 2024 (Globo Rural)
  • Trump pode impor tarifas sobre importação de cobre (Valor Econômico)
  • Wall Street tem maior pagamento de bônus desde 1987 com lucros em alta (Bloomberg Línea)
  • Governo Lula diz aos EUA que tarifaço pode prejudicar relação comercial do país com o Brasil (Folha de S.Paulo)

Mercado global

Na Europa, as principais bolsas operam em queda, com a cautela prevalecendo antes da nova rodada das tarifas de Trump que entrarão em vigor na próxima semana. Ações de energia são ajudadas pelos preços do petróleo atingindo uma alta de três semanas.

O Stoxx 600 caminha para seu melhor trimestre em dois anos, apoiado nas esperanças de que um pacote fiscal alemão histórico estimularia o crescimento na maior economia da região.

Nas bolsas asiáticas, o cenário foi misto no último pregão. Seul liderou os ganhos, enquanto o índice Xangai, na China, fechou levemente no vermelho. Japão e Hong Kong registraram altas, com os investidores atentos às tarifas comerciais impostas pelo governo de Donald Trump.

Em Nova York, os índices futuros operam estáveis nesta manhã em compasso de espera por dados econômicos e lucros corporativos. Nos próximos dias, o mercado também repercurtirá discursos de membros do Federal Reserve.

Confira os principais índices do mercado:

• S&P 500 Futuro: -0,11%
• STOXX 600: -0,42%
• FTSE 100: +0,25%
• Nikkei 225: +0,65%
• Shanghai SE Comp.: -0,05%
• MSCI EM: +0,27%
• Dollar Index: +0,11%
• Yield 10 anos +0,91bps a 4,349%
• Bitcoin: +0,23% a US$ 87.692

Commodities

  • Petróleo: Amanhece em alta, perto da máxima de três semanas devido a riscos de fornecimento. O contrato Brent para maio sobe 0,93%, a US$ 73,70, enquanto o WTI para maio avança 0,99%, a US$ 69,68.
  • Minério de ferro: Fechou em alta de 0,19% em Dalian na China, cotado a US$ 107,37/ton. Em Singapura, os contratos futuros neste momento estão em alta de 0,79%, cotados a US$ 102,35/ton, e no mercado à vista, a commodity sobe 0,20%, cotado a US$ 102,40/ton.
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Cenário internacional

A agenda econômica global está movimentada nesta quarta-feira. Pela manhã, o Reino Unido divulgou os dados de inflação, com o índice de preços ao consumidor (CPI) desacelerando para 2,8%, após um longo período acima dos 3%.

Nos Estados Unidos, o foco do mercado está nos pedidos de bens duráveis, indicador que mede a força da economia americana. Também serão divulgados os estoques semanais de petróleo bruto e ocorrem discursos de membros do Federal Reserve (Fed).

Já na China, às 22h30 (horário de Brasília), saem os dados sobre o lucro industrial acumulado no país.

Cenário nacional

No Brasil, a agenda econômica é mais leve, com destaque para a divulgação dos números das transações correntes e do investimento direto no país em fevereiro.

No cenário político, as atenções estão voltadas para o Congresso, que retoma o julgamento da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre a chamada “trama golpista”, podendo tornar réu o ex-presidente Jair Bolsonaro.

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Destaques no mercado corporativo

  • JBS (JBSS3): Registrou um lucro líquido de R$ 2,412 bilhões no 4º trimestre, ante R$ 83 milhões no ano anterior. A empresa deixará de divulgar guidance sobre receita e Ebitda ajustado.
  • Bradespar (BRAP4): Reportou um prejuízo líquido de R$ 86,9 milhões no 4º trimestre, revertendo lucro de R$ 524 milhões no ano anterior.
  • Boa Safra Sementes (SOJA3): Registrou um lucro líquido de R$ 80,26 milhões no 4º trimestre, queda de 62,68% na comparação anual. Ebitda ajustado caiu 7,36%, para R$ 131,4 milhões.
  • Aeris (AERI3): Reportou um prejuízo líquido saltou para R$ 833,1 milhões no 4º trimestre, impactado por impairment. Ebitda negativo de R$ 1,6 milhão no trimestre, frente a R$ 34 milhões positivos no mesmo período do ano anterior.
  • Petrobras (PETR4): Prestou esclarecimento ao TCU sobre processo de licitação para embarcações, com unidades técnicas concluindo que não houve irregularidades.
  • Itaú (ITUB4): Entrou com nova ação indenizatória contra ex-CFO Alexsandro Broedel e Eliseu Martins, alegando prejuízo de R$ 6,645 milhões por pareceres não entregues.
  • Automob (AMOB3): Conselho de Administração aprovou grupamento de ações ON na proporção de 50 para 1. A proposta será votada em AGEO, ainda sem data definida. Após o grupamento, o capital social será dividido em 37.886.057 ações ON.
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