O Festival de Cinema Tela Cariri teve início em 19 de março, reunindo realizadores e amantes do cinema em uma programação diversa. Com homenagens, rodadas de negócios, itinerância por Juazeiro do Norte, Brejo Santo e Campo Sales, levando cinema para as praças públicas o evento valoriza a produção audiovisual nordestina. Além das mostras competitivas de longas e curtas-metragens, também estão sendo exibidas as Mostras Chapada do Araripe e Universitária, além de oficinas, palestras, laboratório de criação e apresentações artísticas.
De 21 a 28 de março, o Horto recebe a oficina de cinema Além do Padre Cícero. “É nesse mar de devotos que o Horto celebra o Padre Cícero e seus milagres, reunindo manifestações que vão além do catolicismo, como a poesia de Patativa do Assaré, o Reisado e o Toré dos Pankararu. Essa diversidade é o que buscamos capturar na oficina”, afirma a cineasta Eliane Caffé, que ministra as aulas ao lado da diretora de arte Carla Caffé e da jornalista Laura Capriglione. A oficina será dividida em três módulos, com narrativas a serem apresentadas no dia 28, no Centro Cultural do Cariri.
De 26 a 30 de março, o festival acontece no Centro Cultural do Cariri Sérvulo Esmeraldo – Crato, com exibição de filmes infantis e infantojuvenis, palestras, oficinas, rodada de negócios, apresentações artísticas e encontros entre realizadores. Foram mais de 400 inscrições de todos os estados do Nordeste para a Mostra Competitiva, com curadoria de Janaína Diniz.
Foram selecionados sob coordenação da curadora, 31 filmes, sendo 24 curtas (5 a 20 minutos) e sete (7) longas (60 a 120 minutos), dentre estes oito são obras do Ceará. A lista completa está no perfil do festival no Instagram @telacariri
“O Festival Tela Cariri é o primeiro festival de cinema da região do Cariri, proporcionando uma mostra competitiva e a exibição de diversos filmes produzidos no Nordeste. Durante esses dias, é um imenso prazer para nós acolher esse festival”, afirma Américo Córdula, Gerente de Teatro do Centro Cultural do Cariri.
Neste período, 26 a 28 de março, acontece a rodada de negócios O Nordeste é Coisa de Cinema, conectando produtoras nordestinas a players do mercado, como A2 Filmes, Globo Filmes, Canal Brasil, Canal Curta e Europa Filmes. “A decisão do festival de incluir projetos de telenovela nesta edição é essencial, pois esse é o maior produto do audiovisual brasileiro”, afirma o integrante do núcleo de telenovelas da Globo, Alexandre Almeida. A participação do profissional no festival amplia oportunidades para talentos fora do eixo Rio-São Paulo.
Homenagens
Em sua primeira edição, o evento destaca importantes figuras do cinema nordestino.Os homenageados incluem o cineasta e roteirista Rosemberg Cariry, referência do audiovisual na região; o cineasta e ambientalista Jefferson de Albuquerque Júnior, diretor de Dona Ciça do Barro Cru; o curador e cineclubista Edmilson Martins, da Cantina Zé Ferreira; o produtor Luiz Carlos Barreto (Barretão), responsável por clássicos como Dona Flor e Seus Dois Maridos; e a atriz e diretora Marcélia Cartaxo, premiada por atuações em A Hora da Estrela, Pacarrete e A Mãe.
As cerimônias de homenagens acontecem em datas distintas. Na quarta-feira, 26 de março, o festival fará uma homenagem ao cineasta e ambientalista Jefferson de Albuquerque Junior. Na sexta-feira, 28, será a vez do produtor Luiz Carlos Barreto, o Barretão. No dia 29, sábado, a atriz e diretora Marcélia Cartaxo será reconhecida. O evento será encerrado no domingo, 30, com uma grande homenagem a Rosemberg Cariry e estreia do filme Pelos Trilhos de Corisco e Dadá, da sua filha e cineasta Bárbara Cariry.
O professor Edmilson Martins, curador da Cantina Zé Ferreira, foi celebrado no sábado, 22 de março.
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