
Obra narra as aventuras e desventuras de Lázaro, uma criança abandonada na Amazônia dos Anos 1930-1940. Nicodemos sena autografa o livro “Lá, seremos felizes”, em Santarém, no dia 26 de março de 2025
Reprodução / Redes sociais
O Centro Cultural João Fona, em Santarém, oeste do Pará, será palco nesta quarta-feira (27), a partir das 19h, do lançamento do mais novo romance do santareno Nicodemos Sena: “Lá, seremos felizes”. A entrada para a noite de autógrafos é gratuita.
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Desde “A espera do nunca mais” (1999, prêmio Lima Barreto/Brasil 500 Anos) o romancista vem construindo um painel ao mesmo tempo extraordinário e estarrecedor de uma região saqueada e vilipendiada em seus bens naturais e culturais.
Em “Lá, seremos felizes”, em vez dos costumeiros estereótipos criados por viajantes, aventureiros, naturalistas e exploradores, Sena desnuda uma Amazônia, ainda que “selvagem”, íntegra, autêntica e humana, contada e cantada pelas vozes de seus habitantes mais representativos, em tudo diferente da Amazônia exótica e fantasmagórica criada por forasteiros, que atrai a cobiça de uns e apavora a mente de muitos.
As aventuras e desventuras de Lázaro, uma criança abandonada na Amazônia dos Anos 1930-1940, espécie de “Lazarilho de Tormes” amazônico, narradas com o frescor das falas do lugar, fazem de “Lá, seremos felizes” um feliz exemplo de como a literatura de imaginação pode recriar um universo necessariamente mítico, posto que amazônico, mas também real, permitindo que não apenas as chagas sociais, a miséria e a violência em solo amazônico sejam reveladas, como também a generosidade de um povo que ainda hoje sofre essa injustiça.
Ilustração do livro “Lá, seremos felizes”
Reprodução
Sobre o autor
Nicodemos Sena nasceu em 1958, no município de Santarém, Estado do Pará, Amazônia brasileira, e passou sua infância entre indígenas e caboclos do rio Maró. Em 1977, vem para São Paulo onde se forma em Jornalismo, pela Pontifícia Universidade Católica (PUC), e em Direito, pela Universidade de São Paulo (USP). Repórter e redator em órgãos da imprensa de São Paulo, retorna ao Pará em 2000, no posto de diretor de redação de “A Província do Pará”.
A estreia literária de Nicodemos foi em 1999, com o romance “A Espera do Nunca Mais – Uma Saga Amazônica” (1.112 páginas, 3ª edição, Kotter Editorial, Curitiba, 2020), com o qual recebeu, em 2000, o Prêmio Lima Barreto/Brasil 500, concedido pela União Brasileira de Escritores (Rio de Janeiro).
Nicodemos Sena é também autor dos romances “A Noite é dos Pássaros” (Prêmio Lúcio Cardoso, da Academia Mineira de Letras, 2004), “A Mulher, o Homem e o Cão” (2008) e “Choro por ti, Belterra!” (2017), e do livro-poema “Ladrões nos Celeiros: Avante, Companheiros!” (2018). Conselheiro da União Brasileira de Escritores (UBE/SP). Membro da Academia de Letras e Artes de Santarém (ALAS) e da Academia Taubateana de Letras (ATL).
Proprietário da Editora Letra Selvagem, atualmente, Nicodemos Sema mora em Taubaté (SP).
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