A JBS (JBSS3) anunciou na noite desta segunda-feira (17) que a J&F Investimentos, sua acionista controladora, e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) firmaram um acordo para realizar uma dupla listagem das ações — listando a empresa na NYSE, a Bolsa de Nova York.
O objetivo da movimentação é fortalecer a governança da companhia, mas tem potencial de destravar o valor da ação e atrair uma base mais ampla de investidores, com maior capacidade de investimento.
A informação que os grandes investidores usam – no seu WhatsApp! Entre agora e receba análises, notícias e recomendações.
O comunicado também estabelece duas condições para o acordo acontecer. A primeira é do BNDESPar, braço de participações do BNDES, que tem 20,8% do capital, não participar da assembleia de votação que decidirá a listagem, deixando sobre a decisão a cargo dos acionistas minoritários.
A segunda condição só acontecerá caso a listagem seja concluída. Mas garante uma remuneração adicional de até R$ 500 milhões ao banco estatal caso a valorização das ações da JBS fiquem abaixo de um patamar estabelecido entre as partes no segundo semestre de 2026.
Segundo fontes do Estadão Broadcast, a estrutura do acordo foi desenhada para evitar questionamentos e dar mais transparência a todo o processo.
Os bastidores do mercado direto no seu e-mail! Assine grátis e receba análises que fazem a diferença no seu bolso.
Retorno do BNDES com a JBS
Desde 2007, o BNDESPar investiu R$ 8,1 bilhões e já recebeu R$ 4,9 bilhões em dividendos. Até o final de 2024, o retorno total do banco com a operação chegou a R$ 22,7 bilhões, com uma taxa interna de retorno de 11,35%, superior o retorno do Ibovespa (7,25%), principal índice da Bolsa brasileira, no mesmo período.
O post JBS faz acordo com o BNDES para negociar ações na Bolsa de Nova York apareceu primeiro em Monitor do Mercado.