O dólar hoje cai frente ao real e opera abaixo de R$ 5,70, refletindo o otimismo dos investidores com o cenário externo e os dados econômicos mais fortes do Brasil. A moeda norte-americana já vinha em tendência de desvalorização ao longo da última semana e, nesta segunda-feira (17), amplia as perdas diante do fortalecimento das moedas emergentes e da divulgação do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), que superou as projeções do mercado.
Além dos fatores domésticos, o desempenho do dólar é influenciado pelas expectativas em relação às políticas econômicas dos Estados Unidos, a reunião do Federal Reserve (Fed) e os desdobramentos das novas tarifas comerciais do governo Donald Trump. No Brasil, os investidores aguardam a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que pode determinar os próximos passos da Selic.
Neste artigo, vamos detalhar os motivos pelos quais o dólar hoje cai, os impactos dessa movimentação para a economia brasileira e o que esperar para os próximos dias no mercado de câmbio.
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Cotação do dólar hoje e movimento na B3
Na abertura do mercado desta segunda-feira (17), o dólar já apresentava tendência de baixa e, às 12h26, recuava 0,94%, sendo negociado a R$ 5,689 na compra e R$ 5,690 na venda.
Na B3, o contrato futuro do dólar com vencimento mais próximo também registrava queda de 0,42%, operando a 5.741 pontos.
Dólar comercial e turismo
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Dólar comercial
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Compra: R$ 5,689
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Venda: R$ 5,690
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Dólar turismo
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Compra: R$ 5,75
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Venda: R$ 5,93
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O mercado de câmbio segue atento às movimentações externas, ao desempenho do real frente a outras moedas emergentes e às expectativas quanto à política monetária do Brasil e dos Estados Unidos.
Por que o dólar hoje cai?
A desvalorização do dólar frente ao real ocorre devido a uma combinação de fatores domésticos e internacionais. A seguir, destacamos os principais motivos que impulsionam essa tendência.
1. IBC-Br acima do esperado impulsiona o real
No cenário interno, um dos fatores que explicam por que o dólar hoje cai é o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), que surpreendeu positivamente o mercado.
O indicador, considerado uma prévia do PIB, registrou crescimento de 0,90% em janeiro, um resultado bem acima da projeção de 0,22%, conforme levantamento da Reuters.
Esse dado fortalece a perspectiva de crescimento econômico e atrai investidores estrangeiros, que passam a ver o Brasil como um destino mais atraente para alocação de capital. Como consequência, a entrada de dólares no país aumenta, reduzindo a cotação da moeda americana.
2. Expectativas para a reunião do Copom
Outro fator relevante para a queda do dólar é a expectativa em torno da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que acontece nesta semana.
O mercado aguarda a decisão sobre a taxa Selic, e há um consenso de que o Banco Central promoverá um novo aumento de 1 ponto percentual, elevando a taxa para 14,25% ao ano.
Se confirmado, esse aumento reforça o diferencial de juros entre o Brasil e os Estados Unidos, tornando o real mais atrativo para os investidores. Juros mais altos incentivam a entrada de capital estrangeiro no país, pressionando ainda mais a cotação do dólar para baixo.
3. Dólar hoje cai com a valorização das moedas emergentes
O desempenho positivo das moedas emergentes também contribui para a queda do dólar. O real acompanha um movimento mais amplo de valorização das divisas de países como México e Chile, impulsionado por um maior apetite ao risco no mercado internacional.
A melhora do humor global está relacionada às expectativas sobre a política monetária dos Estados Unidos, com os investidores apostando na manutenção dos juros pelo Federal Reserve (Fed) na reunião desta quarta-feira.
Além disso, as incertezas sobre as novas tarifas comerciais anunciadas pelo presidente Donald Trump aumentam a volatilidade do dólar no cenário global, favorecendo moedas emergentes como o real.
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O impacto da queda do dólar na economia brasileira
A desvalorização do dólar tem efeitos diretos sobre diversos setores da economia brasileira, impactando desde a inflação até o desempenho das exportações. Veja alguns dos principais reflexos da queda da moeda americana:
1. Alívio na inflação
Com o dólar mais barato, os preços de produtos importados tendem a cair, reduzindo a pressão inflacionária. Insumos como combustíveis, eletrônicos e medicamentos podem ficar mais acessíveis para os consumidores.
Além disso, a queda da moeda americana também reduz o custo de matérias-primas importadas para a indústria, o que pode contribuir para frear o avanço dos preços ao consumidor.
2. Pressão sobre exportadores
Se, por um lado, a desvalorização do dólar traz benefícios para a inflação e os importadores, por outro, representa um desafio para os exportadores brasileiros.
Setores como o agronegócio e a indústria de manufaturados podem enfrentar dificuldades para manter sua competitividade no mercado internacional, uma vez que um real mais forte encarece os produtos brasileiros no exterior.
3. Reflexos no mercado financeiro
A queda do dólar também influencia o mercado de ações. Empresas que possuem receitas em dólar, como exportadoras e companhias do setor de commodities, podem sofrer com a valorização do real.
Por outro lado, empresas que dependem da importação de insumos podem se beneficiar da desvalorização da moeda americana, reduzindo seus custos operacionais.
O que esperar para os próximos dias?
A trajetória do dólar continuará sendo influenciada pelos desdobramentos das políticas econômicas do Brasil e dos Estados Unidos.
1. Decisão do Copom
O mercado estará atento à decisão do Banco Central sobre a Selic. Se o Copom confirmar um aumento nos juros, isso pode atrair ainda mais fluxo de capital estrangeiro para o Brasil, mantendo o dólar em patamares mais baixos.
2. Federal Reserve e política monetária dos EUA
A reunião do Fed nesta semana trará novas projeções econômicas e orientações sobre os próximos passos da política monetária nos EUA. Se o banco central norte-americano sinalizar cortes nos juros no futuro, o dólar pode cair ainda mais.
3. Impacto das tarifas comerciais de Donald Trump
Os investidores seguirão monitorando as declarações do presidente Donald Trump sobre tarifas comerciais. Medidas protecionistas podem gerar incertezas nos mercados globais, afetando a cotação do dólar.
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Dólar hoje cai
O dólar hoje cai e opera abaixo de R$ 5,70, refletindo o otimismo do mercado com o cenário externo e os dados econômicos mais fortes do Brasil. O avanço do IBC-Br, a expectativa de alta da Selic e o movimento de valorização das moedas emergentes são fatores que explicam a desvalorização da moeda americana.
Nos próximos dias, a decisão do Copom, a reunião do Fed e os desdobramentos das políticas tarifárias de Donald Trump serão determinantes para a trajetória do dólar.
Para investidores e consumidores, a queda do dólar pode representar oportunidades, desde a redução da inflação até impactos no mercado de ações e nas exportações. O momento exige atenção redobrada às próximas movimentações do mercado de câmbio.
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