Investidores e consumidores estão atentos a possíveis mudanças nos preços da gasolina e do diesel no Brasil, conforme declarações da presidente da Petrobras, Magda Chambriard, em entrevista exclusiva ao Estadão/Broadcast durante a CERAWeek, em Houston (EUA).
A executiva sinalizou que a estatal pode promover uma redução do preço da gasolina e do diesel caso os combustíveis fiquem muito acima dos patamares internacionais, um cenário que ganhou relevância com a queda do preço do petróleo.
Atualmente, o Brent está cotado em cerca de US$ 70,00 por barril, bem abaixo dos US$ 83,00 previstos no plano da Petrobras, divulgado em novembro de 2024. Para os investidores, essas declarações abrem espaço para especulações sobre ajustes nos preços, impactando diretamente o mercado de combustíveis e ações da companhia.
Chambriard destacou que a Petrobras monitora constantemente os preços, ajustando-os conforme as condições de mercado.
“Se o preço ficar muito acima do mercado e enxergarmos que a tendência é essa, vamos mexer certamente. Da mesma forma, se ficar abaixo, vamos mexer também”, afirmou.
Apesar disso, ela deixou claro que, no curto prazo, não há planos imediatos para alterações, o que sugere que qualquer redução do preço da gasolina ou do diesel dependerá de uma análise contínua.
Com o petróleo em patamares mais baixos e pressões externas, como as ações do presidente dos EUA, Donald Trump, os investidores estão avaliando como isso pode influenciar os lucros da Petrobras e o comportamento do mercado doméstico.
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Contexto Atual do Preço do Petróleo e Impacto na Redução do Preço da Gasolina e Diesel
O preço do petróleo Brent, referência para o mercado internacional, está atualmente em torno de US$ 70,00 por barril, uma queda significativa em relação aos US$ 83,00 projetados pela Petrobras em seu plano estratégico de novembro de 2024.
Essa diferença de aproximadamente US$ 13,00 por barril cria um cenário favorável para uma possível redução do preço da gasolina e do diesel no Brasil, especialmente para investidores que acompanham a paridade de preços.
A presidente Magda Chambriard reconheceu essa discrepância, apontando que a Petrobras ajusta seus preços com base nas tendências globais, evitando volatilidade excessiva ou custos inexistentes no mercado doméstico.
A redução do preço da gasolina e do diesel é um tema sensível para investidores, pois afeta diretamente a margem de lucro da Petrobras e o custo operacional de empresas dependentes de combustíveis, como transportadoras e indústrias.
Chambriard enfatizou que a estatal busca equilibrar os preços para manter o market share, evitando perdas financeiras com preços muito baixos ou a perda de competitividade com preços muito altos.
O diesel, em particular, tem sido um foco de atenção devido à sua relevância para o setor de transporte, enquanto a gasolina impacta diretamente o consumidor final e a percepção pública.
O relatório mais recente da Abicom, divulgado em 17 de março de 2025, reforça esse cenário.
Com base nos fechamentos de mercado em 14 de março, o preço de paridade de importação (PPI) indica uma defasagem média de 6% para o diesel e 3% para a gasolina, sugerindo que os preços domésticos estão acima do patamar internacional.
O câmbio, com o Ptax fechado a R$ 5,74, e o Brent acima de US$ 71,00 por barril, pressionam os preços locais, mas o PPI acumula reduções significativas:
- R$ 0,62 por litro para o diesel
- R$ 0,52 por litro para a gasolina
Desde os últimos reajustes da Petrobras, esse cenário abre espaço para uma possível redução do preço da gasolina e do diesel.
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Declarações de Magda Chambriard e Estratégia da Petrobras
Durante a entrevista em Houston, Magda Chambriard abordou a postura da Petrobras diante das pressões no setor de energia, especialmente após as ações de Donald Trump, que têm contribuído para a queda do petróleo.
Ela destacou a mensagem positiva dos EUA, que incentivam a produção de energia, um sinal bem recebido pela estatal.
“Fornecemos 31% de toda a energia primária do País. Para mantermos nossa relevância nos próximos 25 anos, precisamos crescer pelo menos 60%”, afirmou.
Apontando o pré-sal como o principal motor desse crescimento, com a meta de adicionar 400 mil barris por dia até 2030.
Sobre a redução do preço da gasolina e do diesel, Chambriard deixou claro que a decisão depende de uma análise rigorosa.
“Analisamos o preço no mínimo a cada 15 dias. Se o preço ficar muito acima do mercado, vamos mexer certamente”, disse, reforçando que o equilíbrio é essencial para a Petrobras.
Ela também citou o “abrasileiramento” dos preços no início do governo Lula, que buscou acompanhar as tendências internacionais sem trazer volatilidade do Brent ou do câmbio, uma estratégia aprovada pelo Conselho de Administração em 2024.
No entanto, a executiva descartou mudanças a curto prazo, afirmando:
“Hoje, nós não estamos pensando em mexer (nos preços)”.
Essa postura reflete a cautela da Petrobras, que monitora o market share e evita prejuízos.
Para investidores, isso indica que qualquer redução do preço da gasolina ou do diesel pode estar condicionada a uma tendência sustentada de queda no petróleo ou do dólar, algo que o mercado seguirá de perto nos próximos dias.
Relatório Abicom: Indicadores de Preço e Oportunidades
O relatório da Abicom, publicado em 17 de março de 2025, oferece uma análise detalhada sobre a redução do preço da gasolina e do diesel no contexto doméstico.
Com base nos dados de 14 de março, o PPI mostra uma defasagem de 6% para o diesel e 3% para a gasolina, indicando que os preços das refinarias nacionais estão acima da paridade internacional.
Essa defasagem abre janelas de oportunidade, com 12 dias médios de arbitragem favorável:
- Diesel: Redução potencial de R$ 0,22 por litro, podendo chegar a R$ 0,33 por litro em alguns polos.
- Gasolina: Redução estimada em R$ 0,09 por litro, podendo alcançar até R$ 0,18 em certas regiões.
O diesel A S10 vive o 45º dia de vigência de um aumento linear médio de R$ 0,22 por litro, implementado pela Petrobras em 1º de fevereiro de 2025.
No entanto, a Acelen, no Polo Aratu-BA, reduziu o preço do diesel A em R$ 0,0690 por litro, sinalizando movimentos de mercado.
O PPI acumula uma redução de R$ 0,62 por litro desde o último reajuste, o que reforça a possibilidade de uma redução do preço da gasolina e do diesel pela Petrobras, caso a tendência se confirme.
O que esperar da Petrobras?
A redução do preço da gasolina e do diesel depende de uma tendência sustentada de queda no Brent e no câmbio.
Com o PPI indicando defasagens e a Petrobras monitorando os preços, investidores devem acompanhar os próximos 15 dias e os relatórios da Abicom.
A Margem Equatorial e o crescimento no pré-sal são fatores positivos, mas o equilíbrio de preços será decisivo.
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