
Um incêndio na boate Pulse, na cidade de Kocani, na Macedônia do Norte, deixou ao menos 59 mortos e 150 feridos neste domingo (16). A tragédia, considerada a mais mortal dos últimos tempos no país europeu, teve circunstâncias semelhantes ao incêndio na boate Kiss, no Rio Grande do Sul, em 2013. A ação resultou em 15 prisões.
No X (antigo Twitter), o primeiro-ministro Hristijan Mickoski escreveu que “a perda de tantas vidas jovens é irreparável, e a dor das famílias, entes queridos e amigos é imensurável”. O governo do país decretou luto oficial de sete dias.
Confira, a seguir, tudo o que se sabe sobre o incêndio na Macedônia do Norte.
O que aconteceu?
Assim como na boate Kiss, o incêndio começou por volta das 3h (horário local, 23h de sábado de brasília) após o uso de artefatos pirotécnicos que atingiram uma espuma de isolamento inflamável e causaram uma combustão tóxica durante o show da banda DNK. As chamas se espalharam pelo local.
A maior parte das vítimas morreu sufocada pela fumaça, enquanto outras morreram devido às queimaduras e pisoteadas. Os feridos foram levados para cidades próximas e até países vizinhos, como Turquia, Grécia e Bulgária.
Entre os feridos, há 20 pessoas em estado grave, conforme informado pelo ministro da Saúde, Arben Taravari, à mídia local.
Outra semelhança entre as tragédias é a superlotação. Ao todo, havia 500 pessoas dentro da boate, mas apenas 250 ingressos foram vendidos – em Santa Maria, havia pelo menos 1.000 jovens dentro do espaço que não foi planejado para um público deste tamanho. O número excessivo de pessoas dificultou a evacuação no momento do incêndio, bem como a falta de saídas de emergência eficientes.

15 pessoas presas
Até o momento, a polícia deteve 15 pessoas – entre elas, o gerente da boate e o filho do proprietário, conforme informado pelo ministro do Interior, Panche Toshkovski, na noite deste domingo.
Um dos detidos é uma ex-integrante do governo da Macedônia do Norte, acusada de receber propina em troca de uma licença falsa para a casa noturna.
Ainda segundo o ministro, a empresa responsável pela administração da casa de eventos não tinha uma licença oficial para funcionar. “Está ligada a suborno e corrupção”, disse Toshkovski, acrescentando que “as pessoas que emitem essas licenças ilegais serão identificadas e responsabilizadas por isso.”
Além da licença falsa, a investigação preliminar identificou várias irregularidades no local: não havia quantidade suficiente de extintores de incêndio e havia apenas uma saída de emergência.