As vendas no varejo dos Estados Unidos (EUA) registraram leve alta de 0,2% em fevereiro, totalizando US$ 722,7 bilhões, após registrar queda de 1,2% no mês anterior. Apesar de mostrar uma recuperação do setor, os números ficaram abaixo da projeção de analistas, que esperavam uma alta de 0,7%, conforme divulgado pelo Departamento de Comércio dos EUA nesta segunda-feira (17).
O dado de janeiro foi revisado para baixo, após reportarem um recuo de 0,9%, com influência de condições climáticas adversas, como tempestades de inverno em diversas regiões do país e incêndios florestais na Califórnia.
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Desempenho dos setores de varejo dos EUA
Nesta leitura, os setores que mais contribuíram para a alta em fevereiro foram:
- Varejistas não-loja (e-commerce e catálogos): +2,4%
- Lojas de saúde e cuidados pessoais: +1,7%
- Alimentos e bebidas: +0,4%
- Lojas de mercadorias em geral: +0,2%
Por outro lado, o setor automotivo teve desempenho fraco. Excluindo automóveis, as vendas avançaram 0,3% no mês, em linha com as projeções do mercado.
Impactos dos dados para a economia
Os números mais fracos do que o esperado elevam preocupações sobre a trajetória da economia dos EUA, uma vez que o consumo responde por cerca de um terço do Produto Interno Bruto (PIB) do país, e um ritmo de crescimento mais lento pode indicar uma desaceleração econômica.
Além disso, a confiança do consumidor caiu para o menor nível em quase dois anos e meio em março, o que pode dificultar uma recuperação sustentada das vendas nos próximos meses.
Pressões inflacionárias e cenário político
A guerra comercial iniciada pelo presidente Donald Trump e as tarifas sobre importações seguem pressionando a inflação e afetando o poder de compra dos consumidores.
Outro fator que pode impactar o consumo são as demissões no setor público, parte de uma iniciativa do governo Trump para reduzir o tamanho do governo federal.
Expectativas para os próximos meses
Os dados de vendas no varejo devem influenciar as projeções para o PIB e para as próximas decisões do Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos EUA.
Caso o consumo continue enfraquecendo, o Fed pode adotar uma postura mais cautelosa em relação à política monetária, possivelmente reduzindo as taxas de juros para estimular a economia.
O próximo relatório de vendas no varejo, referente a março, será crucial para avaliar se o consumo pode se recuperar ou se há um risco maior de desaceleração econômica nos EUA.
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