STF solicita ao governo informações sobre famosa lei de benefício

O Benefício de Prestação Continuada (BPC) é um auxílio essencial para muitos brasileiros em situação de vulnerabilidade. Recentemente, uma nova legislação trouxe mudanças significativas nas regras para a concessão desse benefício. Essas alterações têm gerado debates e questionamentos sobre sua constitucionalidade e impacto social.

Em março de 2025, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Kassio Nunes Marques, solicitou que o governo se manifestasse sobre a lei que endurece as regras do BPC. A ação foi movida pela Associação Brasileira de Advogados (ABA), que questiona a constitucionalidade da lei nº 15.077 de 2024. Esta norma introduz requisitos como a necessidade de cadastro biométrico para a manutenção do benefício.

Quais são as principais mudanças na lei do BPC?

Comunicado para todos os beneficiários do BPC, novidades a caminho!
Biometria facial – Créditos: depositphotos.com / gpointstudio

A nova legislação impõe que os beneficiários do BPC possuam um documento com cadastro biométrico. Além disso, os programas que utilizam o Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) só poderão conceder o benefício a pessoas com cadastro atualizado nos últimos 24 meses. Essas exigências visam aumentar o controle e a transparência na concessão do benefício.

No entanto, a ABA argumenta que tais mudanças desconsideram as dificuldades enfrentadas por muitos beneficiários, como problemas de locomoção, acesso limitado à tecnologia e desafios para compreender a burocracia envolvida. A associação busca a suspensão da norma e sua declaração de inconstitucionalidade.

Como o governo está respondendo a essas mudanças?

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou as alterações no BPC em dezembro de 2024, incluindo dois vetos. Um dos vetos foi ao trecho que exigia comprovação de deficiência de grau moderado ou grave para a concessão do benefício. Este veto foi resultado de pressões de senadores que temiam atrasos na implementação do projeto devido a essa exigência.

O segundo veto presidencial foi à revogação de um dispositivo da Lei do Programa Bolsa Família, que tratava do reingresso de beneficiários ao programa. Essas decisões refletem um esforço para equilibrar a necessidade de controle com a acessibilidade do benefício.

Quais são as implicações dessas mudanças para os beneficiários?

As novas regras do BPC podem representar um desafio significativo para muitos beneficiários. A exigência de cadastro biométrico e a atualização frequente do CadÚnico podem dificultar o acesso ao benefício para aqueles que vivem em áreas remotas ou que enfrentam barreiras tecnológicas. Além disso, a necessidade de documentação adicional pode aumentar a burocracia e os custos associados ao processo.

Por outro lado, o governo argumenta que essas medidas são necessárias para garantir que o benefício chegue a quem realmente precisa, evitando fraudes e garantindo a sustentabilidade do programa. A discussão sobre a constitucionalidade da lei continua, e a decisão do STF será crucial para determinar o futuro dessas mudanças.

O que esperar do futuro do BPC?

O debate em torno das mudanças no BPC reflete um dilema comum em políticas sociais: como equilibrar a necessidade de controle e eficiência com a acessibilidade e inclusão. A decisão do STF sobre a ação de inconstitucionalidade será um marco importante nesse processo, podendo influenciar futuras políticas sociais no Brasil.

Enquanto isso, é essencial que o governo e as organizações da sociedade civil trabalhem juntos para garantir que as mudanças não prejudiquem os mais vulneráveis. O diálogo contínuo e a avaliação das políticas são fundamentais para assegurar que o BPC continue a cumprir seu papel de apoio aos brasileiros em situação de vulnerabilidade.

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