Justiça mantém prisão de PM réu por matar adolescente com quem se relacionava em RR


Débora dos Santos Bezerra, de 17 anos, foi encontrada morta com três tiros na cabeça em uma vicinal de Rorainópolis. Acrízio Silva Leite, de 33 anos, está preso desde o dia 10 de maio de 2024. Soldado da PM Acrízio Silva Leite foi preso nesta sexta-feira (10)
Arquivo pessoal
A Justiça decidiu nesta sexta-feira (14) manter a prisão preventiva do soldado a Polícia Militar Acrízio Silva Leite, de 33 anos, réu por matar a tiros a adolescente Débora dos Santos Bezerra, de 17 anos, em Rorainópolis, no Sul de Roraima. Ele tinha um relacionamento amoroso com a vítima, conforme as investigações.
A decisão é da juíza Anita de Lima Oliveira, da Vara Criminal de Rorainópolis, enfatizou a levou em conta uma decisão recente do Supremo Tribunal Federal (STF), que diz que o atraso na revisão do caso não é motivo suficiente para soltar o acusado.
O crime aconteceu no dia 3 de maio de 2024 e Acrízio está preso desde o dia 10 do mesmo mês. Débora dos Santos Bezerra, de 17 anos, foi encontrada morta com três tiros na cabeça em uma vicinal de Rorainópolis.
O g1 procurou a defesa de Acrízio e aguarda resposta.
Na decisão, a juíza destacou que a prisão continua sendo necessária para garantir a “ordem pública e aplicação da lei penal, dada a gravidade do crime” e evitar que o acusado atrapalhe as investigações.
O caso é tratado como homicídio qualificado, com agravantes de feminicídio e violência doméstica.
“Não verifico nos autos elementos capazes de desconstituir os pressupostos que ensejaram a decretação da custódia cautelar, bem como entendo que o possível estado de liberdade do réu pode colocar em risco, por completo, a efetiva aplicação da lei penal”, destacou a juíza na decisão.
Vídeo mostra PM suspeito de matar adolescente a tiros levando-a de moto ao local do crime
Acrizio é casado e mantinha com a adolescente um relacionamento extraconjugal, afirma a polícia. Imagens de câmeras de segurança mostram o soldado levando a vítima de moto para uma vicinal, onde ela foi morta, e voltando sozinho. (Veja no vídeo acima).
No curso das investigações, a Polícia Civil identificou que no dia do crime o soldado enviou mensagem para Débora a chamando para sair.
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Débora foi encontrada morta por volta de 8h do dia 4 de maio. O corpo estava às margens da vicinal 6. Na noite de sexta-feira (3), véspera da manhã em que o corpo foi encontrado, Débora saiu de casa por volta de 23h40 para se encontrar com Acrízio.
O corpo da estudante foi encontrado por um agricultor, de 43 anos, que mora perto do local onde ela estava. A vítima estava de bruços no chão e não portava nenhum documento de identificação. Débora era mãe de um menino de 2 anos.
Logo que o corpo de Débora foi encontrado e o nome de Acrízio começou a circular como suspeito, segundo a Polícia Militar, ele “tomou a iniciativa de se apresentar, espontaneamente à autoridade policial, colocando sua arma e o telefone celular para perícia”.
Débora dos Santos Bezerra tinha de 17 anos e deixa um filho pequeno
Reprodução/Facebook
Acrízio chegou a ser ouvido pela Polícia Civil na delegacia acerca das investigações, mas foi liberado em seguida.
No dia, ele alegou que não havia se encontrado com ela naquela madrugada e que não tinham contato fazia mais de um mês. Afirmou ainda que teve um relacionamento com Débora no final de 2023, quando participava do projeto “Ronda na Escola”, mas que a esposa descobriu o caso e eles acabaram se desentendendo.
Ainda no depoimento, o soldado chegou a dizer que a esposa dele não guardava mais raiva de Débora porque havia lavado a “alma no dia que puxou os cabelos dela”, ao se referir à agressão cometida contra Débora.
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