Os sistemas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) têm enfrentado problemas significativos, resultando em dificuldades para a análise de benefícios e um aumento expressivo na fila de espera. Atualmente, essa fila já atinge quase dois milhões de pedidos, gerando preocupações tanto para os segurados quanto para os servidores do órgão. Entre agosto de 2023 e dezembro de 2024, os sistemas ficaram fora do ar por um total de 1.466 horas, conforme dados obtidos via Lei de Acesso à Informação (LAI).
A empresa responsável pela tecnologia do INSS, a Dataprev, reconhece a existência de falhas, mas minimiza seus impactos. Segundo o presidente da estatal, Rodrigo Assumpção, tais falhas são vistas como “naturais” em processos de modernização e não seriam impeditivas para o trabalho do INSS. No entanto, servidores do órgão discordam dessa visão, apontando que as falhas contribuem diretamente para o aumento da fila de espera.
Como as falhas afetam os segurados?

Os problemas nos sistemas do INSS têm gerado atrasos significativos, dificultando o acesso dos segurados aos benefícios previdenciários. Em fevereiro de 2025, por exemplo, um erro técnico reduziu a velocidade de diversos sistemas internos, impactando o trabalho dos servidores e atrasando ainda mais as análises. Esses atrasos são uma fonte de frustração para aqueles que dependem dos benefícios para seu sustento.
Além disso, a Dataprev já esteve envolvida em outras falhas graves. Em 2023, um problema nos laudos médicos fez com que o campo de justificativa de peritos exibisse o termo “blá blá blá“, causando grande repercussão e obrigando o governo a esclarecer que se tratava de um erro no sistema de testes. Esses incidentes destacam a necessidade de melhorias nos sistemas para evitar prejuízos aos segurados.
É necessária a modernização dos sistemas?
A Dataprev argumenta que as oscilações nos sistemas são um “preço a se pagar” pelo processo de modernização. Segundo a estatal, manter os sistemas estáveis sem atualizações poderia comprometer a evolução tecnológica do órgão. No entanto, essa justificativa não alivia a situação dos segurados que enfrentam dificuldades para acessar seus benefícios.
Enquanto isso, o governo segue pressionado para encontrar soluções que garantam o funcionamento eficiente dos sistemas, sem prejudicar milhões de brasileiros que dependem da Previdência Social. A modernização é vista como essencial, mas precisa ser conduzida de forma a minimizar os impactos negativos para os usuários.
Quais soluções podem ser implementadas?
Para mitigar os problemas enfrentados pelos sistemas do INSS, algumas soluções podem ser consideradas. Primeiro, é crucial investir em infraestrutura tecnológica robusta que suporte as demandas do órgão. Além disso, a capacitação contínua dos servidores para lidar com novas tecnologias pode ajudar a reduzir os impactos das falhas.
- Investimento em infraestrutura: Melhorar a capacidade dos sistemas para suportar grandes volumes de dados e acessos simultâneos.
- Capacitação de servidores: Treinamentos regulares para que os servidores estejam preparados para lidar com novas tecnologias e eventuais falhas.
- Monitoramento contínuo: Implementar sistemas de monitoramento que identifiquem e corrijam falhas rapidamente.
Essas medidas podem ajudar a garantir que os sistemas do INSS operem de forma mais eficiente, reduzindo a fila de espera e melhorando o acesso dos segurados aos benefícios previdenciários.
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