Meses após fusão, Azzas pode se separar; ações despencam na Bolsa

As ações da Azzas (AZZA3) despencam ao longo de todo o pregão desta sexta-feira (14), e operam em queda de 10%, às 15h40. Os papéis cedem em meio as preocupações do mercado com possíveis divergências entre os principais acionistas e gestores da empresa, Alexandre Birman e Roberto Jatahy.

Os rumores de uma possível ruptura entre os empresários, menos de oito meses após a fusão entre Arezzo e Soma, foram divulgados nesta manhã pelo site Pipeline.

Com a queda de hoje, a Azzas acumula perdas de quase 18% na semana e de 25% no acumulado do ano.

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Negociações em andamento

Segundo a apuração do veículo, ambos já iniciaram conversas para reestruturar a parceria. Birman, atual CEO da Azzas, conta com assessoria do Morgan Stanley e do escritório Spinelli Advogados. Já Jatahy, que lidera a unidade de moda feminina, tem suporte da G5 Partners e do escritório Barbosa Mussnich.

Uma das opções discutidas seria uma cisão das operações, mas essa possibilidade enfrenta desafios, incluindo riscos fiscais e possíveis impactos negativos no mercado.

Outra alternativa seria a compra da participação de Jatahy por Birman, mas as negociações esbarram na viabilidade financeira da transação e na definição de um preço justo.

Balanço também impactou ações da Azzas

O desempenho das ações da Azzas já vinha sendo pressionado após a divulgação do primeiro balanço pós-fusão, que mostrou queima de caixa, aumento da dívida e prejuízo desconsiderando impostos. Na quarta-feira, os papéis caíram 12%, recuperando 5% no dia seguinte.

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A fusão entre Arezzo&Co e Soma foi anunciada em fevereiro de 2024 e concluída em agosto. Desde então, a empresa perdeu mais da metade de seu valor de mercado, passando de uma cotação superior a R$ 50 para os atuais R$ 21,71 por ação, com valor de mercado de R$ 4,48 bilhões.

A Ativa Investimentos avaliou que uma eventual separação entre os acionistas pode comprometer a governança da companhia e afetar o andamento da fusão. Além disso, a empresa já vinha enfrentando dificuldades com um desempenho trimestral abaixo do esperado.

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