O resultado do 4T24 das Casas Bahia trouxe sinais de recuperação financeira para a varejista, que conseguiu reduzir seu prejuízo líquido para R$ 452 milhões, uma melhora de 54,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. A empresa também apresentou um crescimento expressivo em seus canais de vendas, com destaque para o aumento de 16,1% no GMV de lojas físicas e um avanço de 23,7% no GMV do marketplace (3P).
A varejista atribui essa melhora ao ajuste na gestão de custos e despesas, além de estratégias para fortalecer o fluxo de caixa e rentabilidade das operações.
Principais destaques do balanço do 4T24
- Fluxo de caixa livre: R$ 1,2 bilhão (+70% em relação ao 4T23);
- Receita líquida: R$ 7,98 bilhões (+7,6% ante 4T23);
- EBITDA ajustado: R$ 640 milhões (+300% em relação ao mesmo período de 2023);
- Margem EBITDA ajustada: 8% (+5,8 p.p. em relação ao 4T23);
- Prejuízo líquido: R$ 452 milhões (-54,8% em relação ao 4T23);
- Inadimplência acima de 90 dias: 8% (-1,4 p.p. em relação ao 4T23);
- Carteira de crediário: R$ 6,2 bilhões (+15% ano contra ano).
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Crescimento do GMV e melhora no mix de produtos
O resultado do 4T24 das Casas Bahia também foi impulsionado pelo crescimento do GMV consolidado, que avançou 9,9% em relação ao mesmo período de 2023, revertendo a trajetória negativa dos trimestres anteriores. O crescimento nas lojas físicas foi de 16,1%, enquanto o GMV 3P avançou 23,7%, refletindo a estratégia da companhia de fortalecer o marketplace e expandir sua oferta de produtos.
Além disso, as vendas em mesmas lojas (SSS) cresceram 17,1%, mostrando um desempenho sólido no varejo físico. No marketplace, a receita aumentou 23,4%, com take rate de 12%.
Redução de custos e melhora na rentabilidade
A Casas Bahia também conseguiu reduzir suas despesas operacionais no período. As despesas com SG&A (despesas administrativas, de vendas e gerais) caíram 2,5% no trimestre, totalizando R$ 1,89 bilhão. Essa redução ajudou a aumentar a margem operacional e melhorar o fluxo de caixa.
O crediário foi outro destaque positivo. A carteira ativa de crédito da empresa atingiu R$ 6,2 bilhões, um crescimento de R$ 824 milhões na comparação anual. Mesmo com essa expansão, a inadimplência superior a 90 dias caiu 1,4 p.p., para 8%.
Comparação dos resultados recentes da Casas Bahia
| Indicador | 4T23 | 4T24 | Variação (%) |
|---|---|---|---|
| Prejuízo líquido | R$ 1 bi | R$ 452 mi | -54,8% |
| Receita líquida | R$ 7,42 bi | R$ 7,98 bi | +7,6% |
| Ebitda ajustado | R$ 160 mi | R$ 640 mi | +300% |
| Margem Ebitda | 2,2% | 8% | +5,8 p.p. |
| GMV 3P (Marketplace) | R$ 3,9 bi | R$ 4,83 bi | +23,7% |
Perspectivas para 2025: crescimento acelerado
A Casas Bahia entra em 2025 com uma estratégia voltada para aceleração do crescimento, buscando:
- Expansão do crediário para aumentar as vendas;
- Monetização do marketplace, aumentando a participação do canal digital;
- Fortalecimento da experiência omnichannel, integrando lojas físicas e digitais;
- Otimização de custos operacionais, buscando maior eficiência e rentabilidade.
A empresa afirmou que seguirá investindo na modernização das operações, aprimoramento da experiência do consumidor e reforço na oferta de crédito.
Resultado do 4T24 das Casas Bahia (BHIA3): O que esperar?
O resultado do 4T24 das Casas Bahia indica que a empresa está avançando na reestruturação financeira, com redução do prejuízo e melhora no desempenho operacional. O mercado, no entanto, ainda avalia os desafios da companhia, especialmente na rentabilidade do crediário e na consolidação do marketplace.
Investidores devem acompanhar de perto os próximos trimestres para avaliar a sustentabilidade dessa recuperação. Caso a Casas Bahia continue reduzindo custos e aumentando a eficiência, pode apresentar um desempenho mais sólido ao longo de 2025.
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